Da Redação
MANAUS – Além da eleição para governador do Amazonas e presidente da República, os municípios de Anamã e Novo Airão também terão eleições suplementares para prefeito neste domingo, 28. Os novos gestores municipais terão dois anos de mandato.
Em Anamã, município com 7.449 eleitores, a disputa será entre Chico do Belo (PMN), Edilson Pacamon (PT) e Huerton Colares (MDB). Em Novo Airão, a disputa tem três participantes confirmados: Daniel Barros (PRTB), Frederico Júnior (MDB) e Professor Massarico (REDE). No sistema do TRE-AM, a candidatura de Tiburtino (DEM) ainda está pendente de julgamento.
Novo Airão
A Prefeitura de Novo Airão (a 195 quilômetros de Manaus) era administrada pelo prefeito Wilson Santos (PSDB), que deixou o cargo após ter o mandato e os direitos políticos cassados, monocraticamente, pelo ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Tarcísio Vieira, no dia 17 de maio deste ano. A decisão confirmou a cassação do prefeito ocorrida em dezembro de 2016 pelo TRE-AM.
Em julho deste ano, o desembargador João Simões, presidente do TRE-AM, determinou o afastamento do prefeito e do vice-prefeito e determinou que a presidente da Câmara Municipal de Novo Airão, Nerita de Castro Menezes (DEM), ficasse à frente da prefeitura até a realização de novas eleições.
Em julho de 2017, a juíza federal Jaiza Fraxe suspendeu por improbidade administrativa os direitos políticos do prefeito por três anos.
Santos já tinha sido condenado cinco vezes pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pelo TCE (Tribunal de Contas do estado) por improbidade administrativa na aplicação de recursos de convênios federais que, juntos, somam mais de R$ 3 milhões. As irregularidades foram cometidas durante dois mandatos dele (1997 a 2000 e 2005 a 2008).
Anamã
Apesar de ter vencido a eleição com 3.167 votos, Raimundo Chicó (MDB) só tomou posse da Prefeitura de Anamã (distante 161 quilômetros de Manaus) quatro meses depois do início do mandato, após decisão liminar do ministro Napoleão Nunes Maia, do TSE.
A diplomação de Chicó foi barrada no TRE-AM com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi considerado ficha suja por ter sido cassado em 2008 por abuso de poder econômico. Chicó deixou o comando da prefeitura após decisão do TSE tomada no dia 19 de abril deste ano.