MANAUS – Em reunião nesta quinta-feira, 7, com o secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Guilherme Leal, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), discutiu propostas para que a vacina contra a febre aftosa deixe de ser necessária em 13 municípios do Estado.
Governo e Ministério da Agricultura querem adotar medidas que poderão tornar o Estado do Amazonas livre da febre aftosa sem vacinação.
As vacinas ainda são obrigatórias nos municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte de Tapauá. São 943.185 animais que representam o rebanho dessas regiões, distribuídos em 5.448 propriedades rurais.
O Amazonas já cumpriu mais de 90% do Plano de Erradicação da Febre Aftosa, de acordo com o governador.
“O Amazonas é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Sanidade Animal como área livre de febre aftosa com vacinação e nós estamos trabalhando para que a vacina de febre aftosa não seja mais necessária em 13 municípios do estado e, assim, possamos nos tornar livres de febre aftosa sem vacinação. Será um ganho muito grande para o estado”, afirmou o governador.
Para o diretor da Adafa (Agência de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas), Alexandre Araújo, “a retirada da vacinação é um coroamento da erradicação da febre aftosa no nosso país e no estado do Amazonas”.
Ao secretário nacional de Defesa Agropecuária o governador ainda disse que espera encontrar o mais rápido possível o equilíbrio fiscal do Estado para que, assim, possa convocar os aprovados no concurso da Adaf, entendendo a necessidade da atuação dos profissionais.
Sobre o plano
O plano estratégico prevê retirada da vacina contra febre aftosa no país até 2023 e tem como principal objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa. O objetivo é ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira, bem como a abertura de novos mercados para produtos de origem animal.
Nesse sentido, o ministério dividiu o país em cinco blocos. No bloco I integram os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e parte da região sul e sudoeste do Amazonas. Os restantes dos municípios do estado participam do bloco II, juntamente com Roraima, Amapá e Pará.
Campanha
A segunda etapa da campanha “Amazonas sem Febre Aftosa”, coordenada pela Adaf, iniciou no dia 1º de novembro. No estado, o calendário de vacinação da campanha “Amazonas sem Febre Aftosa”, foi dividido em duas etapas.
Em 41 municípios que compõem a calha do rio Amazonas foram vacinados bovinos e bubalinos, nos períodos de 15 de março a 30 de abril e de 15 de julho a 31 de agosto. Nos demais 21 municípios, o calendário de vacinação foi definido para os meses de maio e novembro.