Por Diogo Rocha, do ATUAL
MANAUS – O primeiro duelo pelo título da Série C do Brasileirão de 2023 contra o Brusque (SC), neste domingo (15), será a oportunidade do Amazonas FC garantir uma boa vantagem para fazer história novamente. A partida de ida da final começará às 17h na Arena da Amazônia, em Manaus.
Depois do acesso à Série B, no sábado passado, o time da Onça Pintada poderá ser o primeiro clube amazonense campeão de uma divisão do Brasileiro. Na década de 70, o estado já teve equipes na Série A, como os centenários Nacional e Rio Negro, que nunca levantaram uma taça pela competição.
Na Série C de 1999, o São Raimundo garantiu o vice-campeonato ao terminar em 2º lugar no quadrangular final. O troféu ficou para o líder Fluminense (RJ). Nesta época, o Tufão marcou a história do futebol amazonense com a ascensão à Série B, um feito até então inédito de um clube do estado. Mas na Segundona, passou sete anos sem brigar por um título até ser rebaixado em 2006.
Pela Série D, que teve sua primeira edição em 2009, dois clubes amazonenses terminaram no “quase” na briga pela taça de campeão. Em 2010, o América se tornou o primeiro time do estado a disputar uma final de divisão do Campeonato Brasileiro.
O Mequinha enfrentou o Guarany de Sobral (CE), em jogos de ida e volta, e terminou como vice da quarta divisão. Só que o golpe fatal veio depois. O América perdeu o acesso à Série C, quando o pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) desclassificou o tradicional clube manauara da Série D por escalar um jogador irregular ainda nas quartas de final.
Na Série D de 2019, foi a vez do Manaus FC não levar a taça e se contentar com o vice-campeonato. Isso depois de garantir uma vaga na Terceirona. Diante do Brusque (SC), mesmo adversário do Amazonas FC na decisão da Série C deste ano, o Gavião do Norte perdeu o título nos pênaltis dentro de casa, na Arena da Amazônia, após dois empates seguidos, por 2 a 2, nos jogos da final.
Peças-chaves
Ainda não é possível prever que o Amazonas FC conseguirá “vingar”, pela grande final da Série C, o conterrâneo Manaus e superar o Brusque (SC) no confronto pelo título. Mas se depender dos 100% de aproveitamento do técnico Luizinho Vieira no comando da Onça Pintada e da volta do artilheiro Sassá, que cumpriu suspensão no “jogo do acesso” com o Botafogo (PB), as chances de sucesso na empreitada aumentam.
No Amazonas, o treinador tem quatro vitórias em quatro jogos pelo recentemente encerrado quadrangular final. Foram dois triunfos sobre o Volta Redonda (RJ), por 2 a 0, que colocaram o time amazonense na briga pelo acesso, uma vitória diante do Paysandu (PA), por 2 a 1, que praticamente selou a classificação à Série B, e outra por 2 a 0 sobre o Botafogo (PB), na Arena, que confirmou a segunda ascensão consecutiva de divisão da Onça.
Pela Série C deste ano, Amazonas e Brusque se enfrentaram apenas uma vez. Na rodada de abertura da competição, no dia 3 de maio, quando o rival catarinense derrotou, em casa, a Onça Pintada por 1 a 0. Mas na definição do G-8 no encerramento da primeira fase, o clube manauara ficou em 3º lugar, uma posição acima do Brusque.
Já no quadrangular final, ambos garantiram uma vaga na decisão da Terceirona após serem líderes das respectivas chaves. No caso do Brusque, a equipe ficou no topo do Grupo B com 13 pontos, enquanto o Amazonas FC terminou no 1º lugar do Grupo C com 12 pontos.
E agora pela final da Série C, uma vitória simples sobre o Brusque (SC), neste domingo (15), em Manaus, deixará o Amazonas a um empate do título histórico para o futebol amazonense. Mas caso empate, pelo jogo de ida, apenas a vitória interessará na partida de volta, em Santa Catarina, no outro domingo, dia 22.