Da Redação
MANAUS – O Amazonas perdeu posições no ranking de competitividade dos Estados e caiu também em itens como sustentabilidade ambiental e capital humano, que inclui apenas as dez unidades da Federação mais bem avaliadas. O Estado está fora do top 10 nos quesitos educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, segurança pública, solidez fiscal e sustentabilidade social.
Os dados estão na edição 2017 do Ranking de Competitividade dos Estados elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria. Conforme o levantamento, apenas nove Estado – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Alagoas, Acre e Rondônia, além do Distrito Federal – tiveram um desempenho melhor na gestão pública este ano em relação a 2016.
Na avaliação, o CLP considera a capacidade dos governos estaduais em manter investimentos e equilíbrio fiscal em tempos de crise e também no cumprimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) em dez pilares considerados a base da gestão pública.
Entre os 26 Estados e mais o Distrito Federal, o Amazonas caiu do 17º lugar em 2016 para o 22º este ano no ranking geral, média de 36,6% na participação da economia do País. No item ‘capital humano’, o Estado era o quarto colocado no ano passado e caiu para oitavo, este ano. Também teve queda na questão da sustentabilidade ambiental passando do quarto lugar em 2016 para o sexto, neste ano.
O estudo, segundo o CLP, é o mais completo do gênero no País e avalia anualmente, desde 2011, a performance dos 26 Estados e do Distrito Federal em dez pilares: capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, segurança pública, solidez fiscal, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social. Os pilares são compostos por 66 indicadores apurados por instituições de referência, como o IBGE, o Ipea (Instituto de Planejamento de Economia Aplicada, ligado ao Ministério do Planejamento) e a Secretaria do Tesouro Nacional.
“O ranking não pretende julgar os caminhos escolhidos pelos gestores públicos, mas o resultado final das políticas públicas”, afirma o economista Adriano Pitoli, sócio e diretor da área de Análise Setorial e Inteligência de Mercado da Tendências. “A ideia não é fazer uma avaliação ideológica da administração, se o governo é mais ou menos intervencionista, de direita ou de esquerda, e sim acender os holofotes sobre os Estados que estão bem em certos indicadores e despertar o interesse dos que estão mal em conhecer seus segredos”, disse.
Confira na íntegra o relatório do CLP sobre o ranking de produtividade dos Estados.