Da Folhapress
SÃO PAULO – Joshua é um adolescente americano de 11 anos que mora no estado de Delaware, gosta de ciências e de animais e que, como muitos outros de sua idade, sofre bullying. No caso dele, porém, por um motivo peculiar: seu sobrenome é Trump.
O bullying fez o garoto ser um dos 13 convidados de honra da primeira-dama, Melania, para assistir a seu lado o discurso do Estado da União que o presidente Donald Trump fará na noite nesta terça-feira, 5, em Washington.
O discurso, tradicionalmente o mais importante de um presidente americano no ano, é dado a uma sessão conjunta do Congresso e geralmente usado por políticos para enviar uma mensagem sobre suas prioridades.
Entre os convidados de Malenia estão, por exemplo, a filha, a neta e a bisneta de um casal que foi morto por um imigrante ilegal. O presidente costuma afirmar que a imigração ilegal aumentou o nível de violência nos EUA.
Também estarão presentes Ashley Evans, que enfrentou o vício em opioides, e Alice Johnson, mulher que passou 22 anos presa por tráfico e que recebeu o perdão de Donald Trump – após um pedido de Kim Kardashian -, se tornando um símbolo da luta pela reforma do sistema criminal americano.
No caso de Joshua (que não é parente da família presidencial), seu convite faz parte da campanha “Be Best” (ser melhor), criada por Melania para combater o bullying nas escolas.
Um estudo publicado no início de janeiro feito no estado da Virgínia mostrou que em regiões que votaram em Donald Trump na eleição presidencial de 2016, a chance de ocorrer bullying é 18% maior do que nos locais onde Hillary Clinton saiu vitoriosa. Ainda segundo o levantamento, os maiores alvos deste tipo de ação são crianças que pertençam a minorias étnicas – Joshua é branco.