
BRASÍLIA – Enquanto a indústria de manufatura acumula retração, a agricultura brasileira vai batendo recordes. A safra de grãos para este ano é estimada em 219,1 milhões de toneladas. Caso se confirme, os produtores deverão faturar R$ 545,9 bilhões em 2017, conforme projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgados nesta segunda-feira, 13.
Essas estimativas projetam um aumento 2,9% maior que o registrado no ano passado, quando esse faturamento bruto chegou a R$ 530 bilhões. Segundo o ministério, o aumento de produtividade será o principal combustível para os ganhos maiores no ano.
“O aumento previsto para a produção de milho, soja, arroz, algodão e feijão é a principal fonte desse crescimento da renda da agricultura em 2017”, explicou o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques, ao Portal Brasil.
Do total que será obtido no ano, 66,8% vem das lavouras e 33,2% da pecuária. Entre os produtos para os quais se esperam bom desempenho estão algodão herbáceo, com aumento real de 14,9%; amendoim (+25,9%); banana (16,5%); feijão (38%); milho (33%); fumo (22,2%); soja (5,7%); e uva (30,3%).
Na pecuária, o melhor desempenho vem sendo observado em carne suína, leite e ovos. Esses produtos mostram uma melhora nos preços neste ano, o que deve influenciar o faturamento favoravelmente.
Os resultados regionais mostram recuperação de estados do Nordeste, que no ano passado tiveram fortes perdas devido às secas que afetaram principalmente áreas de Cerrado do Piauí e da Bahia. Para esses estados, as previsões de colheita de soja, algodão, milho e feijão são classificadas como boas.
As regiões Sul e Centro-Oeste lideram o faturamento esperado, sendo o Sul com R$ 154,2 bilhões e o Centro-Oeste, R$ 150,2 bilhões. Em seguida, Sudeste, R$ 143,4 bilhões, e Nordeste, R$ 52,4 bilhões, e Norte, R$ 32 bilhões.