Da Redação
MANAUS – Três cavalos de três propriedades no Tarumã, bairro da zona oeste de Manaus, foram isolados para inspeção sanitária. A Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas) apura se os animais estão com encefalomielite equina.
Sintomas da doença foram observados em cada um dos cavalos de cada fazenda, distantes entre si de um quilômetro, informou a médica veterinária Jeane Cristini Barbosa, coordenadora do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos da Adaf. Os sintomas foram identificados na segunda quinzena de junho.
Os animais apresentaram alteração comportamental, ataxia (desordem de movimento), hiperestesia (excesso de sensibilidade a estímulos), ranger de dentes (bruxismo), andar em círculos e sialorreia (salivação excessiva) e mioclonia (espasmos musculares). “Dois animais já tiveram melhora clínica, mas um deles foi a óbito”, disse Jeane.
A Adaf interditou as propriedades e coletou material para análise, que será realizada por um laboratório de Minas Gerais. O resultado deve sair em até dez dias.
A encefalomielite equina é uma doença causada por três espécies diferentes de vírus, transmitida entre aves e roedores silvestres, através da picada de mosquitos. Embora os equinos e humanos sejam hospedeiros acidentais, em alguns casos podem ser infectados. Tanto em animais como em humanos, a infecção pode causar os mesmos sintomas e levar à morte.
“Importante ressaltar que quem transmite é o mosquito. O equino é um hospedeiro acidental, então, nesse caso, não tem o risco de disseminação por conta da aglomeração de animais, por exemplo. Mas requer monitoramento”, disse Jeane Cristini.