Da Redação
MANAUS – O advogado Amilcar Pinheiro, assistente da defesa do empresário Joabson Agostinho Gomes, dono da rede de supermercados Vitória, e da esposa dele, Jordana Azevedo Freire, negou que tenha ocorrido vazamento da Operação Lucas 8:17 que tinha o casal como alvo de prisão nesta terça-feira (21). Amilcar disse que o casal não fugiu.
O empresário e a esposa , presos em inquérito sobre a morte do sargento do Exército Brasileiro Lucas Ramon Silva Guimarães, de 29 anos, passou por exame de corpo de delito na manhã desta quarta-feira (22).
Amilcar Pinheiro falou com jornalistas na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros na manhã desta quarta-feira (22). Ele rebateu informação da delegada Marna de Miranda em entrevista coletiva nesta terça-feira de que Joabson e Jordana estavam foragidos. Segundo o advogado, o casal soube através da imprensa na internet sobre a operação, entraram em contato com ele e o esperaram chegar de uma viagem de trabalho.
“Ser surpreendido 5h30 da manhã com a notícia que vai ser preso… Existe aquele desespero momentâneo, aquela sensação de não saber o que fazer e imediatamente eles me ligaram. Eu peguei o primeiro voo para cá (Manaus). Às 11h eu já estava aqui. Só não chegamos antes aqui porque vocês conhecem o trânsito de Manaus, eu tive que me deslocar do aeroporto até o Adrianópolis (zona centro-sul). Do Adrianópolis eu tive que vir aqui com eles”, disse Pinheiro.
De acordo com o advogado, Joabson e Jordana estavam na casa de um parente. “Eles estavam na casa de um parente, mas em seguida eles voltaram para casa e vieram para cá (delegacia), foi muito rápido”, disse.
Pinheiro relatou que o casal nega as acusações. “Negam a participação, com certeza, são inocentes. Isso aí eu tenho convicção como advogado”.
Segundo o advogado, ambos estão tranquilos e “são muito cristãos”. “Eles não reclamaram de nada. Eles são pessoas muito resignadas. São muito evangélicos, são muito cristãos entendeu? Então, eles estão resignados. É óbvio que ninguém fica feliz com uma prisão que se considera ilegal. Eles consideram que estão presos de forma arbitrária”, disse.
A defesa considerou não haver pressupostos para a prisão. “Se a senhora verificar a entrevista da delegada (Marna de Miranda) ontem, você vai verificar que ela falou muito sobre a questão da suposta existência de uma relação extraconjugal, ela falou sobre a existência sobre um suposto desvio de dinheiro, falou sobre ameaças. Mas em momento nenhum, a meu ver, como apenas assistente da defesa, ela não falou no caso do homicídio. Porque o que acarretou a prisão dos dois seria esse suposto envolvimento no homicídio”, declarou.
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Pinheiro informou que os estabelecimentos de propriedade do casal funcionam normalmente. “Já existe uma administração profissionalizada. Eles são os proprietários, mas não são eles que administram. Existem pessoas que administram o grupo”.