
Do ATUAL
MANAUS — A ADUA (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas) criticou a decisão da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) de suspender a bonificação de 20% na nota do Enem para estudantes do Amazonas que disputam vagas oferecidas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A suspensão, segundo a reitoria da Ufam, atende determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir a igualdade nas políticas de ingresso nas universidades públicas.
Em nota, a ADUA questiona a decisão da Ufam e reitera que a suspensão amplia as desigualdades educacionais que afetam a região amazônica. A associação, que integra o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, cita a importância do bônus regional como uma tentativa de equalizar as oportunidades para os estudantes do Amazonas.
A associação afirmou que a decisão agrava as desigualdades educacionais da região. Na nota, a associação declarou: “A ADUA não pode admitir que a Ufam se resigne a aceitar, sem recorrer, uma decisão do STF que só amplia as já inaceitáveis desigualdades educacionais do Amazonas”.
Também questiona a interpretação do STF sobre o princípio da igualdade, argumentando que ele não considera as desigualdades reais entre as regiões do Brasil. A nota enfatiza: “O processo de democratização de direitos implica a luta histórica da classe trabalhadora contra as desigualdades sociais produzidas pelo sistema do capital e legitimadas pelo Estado burguês”.
A associação reforça, ainda, que a verdadeira equidade na educação envolve o reconhecimento das condições específicas de cada região. “A verdadeira esperança é a que nasce da força coletiva,” conclui a ADUA.