Da Redação, com Ascom TJAM
MANAUS – O 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Manacapuru promove nos dias 17 e 27 deste mês um mutirão de audiências para julgar ações que pedem ressarcimento por danos materiais e morais decorrentes dos ‘apagões’ de energia que atingiram o município, entre os dias 19 e 26 de julho deste ano. São 1,5 mil ações.
“Esperamos que haja um consenso entre as pessoas que ingressaram com ações e os advogados da Amazonas Energia, para que se chegue a um denominador comum. Essas audiências são tentativas de negociação, porque não adianta ficar anos brigando e não se chegar a um resultado efetivo”, disse o presidente do TJAM Yedo Simões.
Segundo a juíza Silvânia Corrêa Ferreira, somente nessa terça-feira, 10, 200 ações foram apresentadas. Até o mês de junho deste ano, antes da falha no fornecimento de energia, eram 670 os processos no Juizado. “Já conversamos com os representantes da Amazonas Energia. Eles disseram vêm atendendo diretamente as pessoas que estão indo à empresa e comprovando o dano material”, disse a juíza.
Serão 543 audiências neste mês e em novembro, mais 243 audiências. A previsão é de que, em outubro, mais uma edição do mutirão seja realizada.
Na época do ‘apagão’ – que também atingiu o município de Iranduba – a Amazonas Energia alegou que houve uma ruptura do cabo de transmissão subaquático que levava energia elétrica da Ponta do Ismael, em Manaus, para os municípios afetados. Os engenheiros descobriram que o cabo foi danificado a 1.563 metros da margem de Iranduba, na profundidade de 53 metros.
O juiz Manoel Amaro de Lima, da 3ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, já havia determinado que a empresa disponibilizasse geradores para assegurar o funcionamento das bombas que levam água potável para os moradores de Iranduba e Manacapuru.