Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – A abertura de novos leitos em hospitais de Manaus está condicionada ao fornecimento de oxigênio medicinal. O secretário de Saúde Marcellus Campêlo anunciou, nesta quinta-feira, 4, que quatro hospitais na capital terão 350 novos leitos – 100 de UTI e 250 clínicos. Os hospitais são: Getúlio Vargas, Delphina Aziz, Platão Araújo e Nilton Lins.
Segundo Campêlo, até o fim de semana começam a funcionar 61 leitos no Nilton Lins e mais 22 UTI’s e oito salas vermelhas no Platão Araújo. A abertura dos novos espaços, conforme o secretário, será possível porque a empresa White Martins, produtora de oxigênio medicinal, informou que pode atender a nova demana.
“No momento estamos com taxa de ocupação alta, 98% de ocupação em UTi e 92% em leitos clínicos. Nas UPA’s nós temos 122% de ocupação de leitos clínicos e 166% de ocupação nas salas vermelhas”, disse o secretário.
O governador Wilson Lima estima que o aumento no consumo de oxigênio seja ainda maior e além da empresa White Martins, também está contando com ajuda para suprir demanda. Segundo Lima, o estado pode chegar a consumir 130 mil metros cúbicos por dia, e ainda não possui produção local suficiente.
“Nós consumíamos 14 metros cúbicos por dia e agora consumimos 86 mil metros cúbicos dia. A gente faz uma projeção de que em algum momento podemos chegar a um consumo de 130 mil metros cúbicos por dia. Temos cargas vindas do Nordeste, compras do governo federal, cargas chegando com ajuda da força aérea brasileiras, há compras que estamos fazendo pelo governo do Amazonas, há cargas chegando da Venezuela”, disse Lima.
O governo projeta instalar 64 miniusinas em municípios do interior, 19 já estão funcionando e produzindo 8 mil metros cúbicos diários. “Isso nos dá uma tranquilidade nesses municípios que já receberam”, disse Lima.
Entre as dificuldades para abertura de leitos está a necessidade de contratação de médicos e aquisição de medicamentos. O governo informou que está recebendo ajuda do Ministério da Saúde e da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) para suprir os déficits na saúde.