O Partidos dos Trabalhadores (PT) comemora 39 anos de fundação no próximo dia 10 de fevereiro. O PT surgiu em 1980 da luta dos trabalhadores que precisavam de um partido como instrumento de luta pelos seus direitos. Foi fundado pelos operários de fábricas, estudantes, professores, intelectuais, religiosos e membros da Igreja Católica e tantos lutadores pela justiça e direitos humanos em todo Brasil.
Desde 1982 participa das eleições. Elegeu vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e governou o Brasil por 13 anos com Lula e Dilma. No período de 2003 a 2014, os governos Lula e Dilma, além do crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) e do salário mínimo, gerou mais de 20 milhões de empregos. Em dez/2014 o IBGE anunciou que o Brasil alcançou o menor desemprego de sua história.
Foi o PT que criou o Fundeb com recursos para os professores e as escolas. O PT implantou o ProUni e gerou 7 milhões de vagas nas universidades. Foram mais de 300 escolas técnicas novas e milhares de estudantes no Programa do Fies. O PT implantou o Programa Fome Zero e o Bolsa Família, onde mais de 30 milhões de pessoas saíram da miséria e o Brasil saiu do Mapa da Fome, confirmado pela Organização da Nações Unidas (ONU).
Também foi o PT que implantou o Programa Luz para Todos, o Minha Casa Minha Vida. Hoje, milhões de famílias têm luz e moradia, graças aos governos petistas. O Programa Mais Médico e o Brasil Sorridente levaram saúde às comunidades mais pobres do país
Na eleição de 2018, o candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, teve mais de 47 milhões de votos no segundo turno, o que representou 44,87% do votos. E na Câmara Federal, a maior bancada de deputados é do partido dos Trabalhadores. E elegeu o deputado federal mais votado do Amazonas.
No Amazonas, além dos programas sociais, foram construídos a Ponte Rio Negro, a Arena da Amazônia, houve a ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, construção de portos em 60 municípios do interior do estado e tantos outros investimentos.
Foi Lula que prorrogou os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) por 10 anos e Dilma mais 50, mantendo as empresas do Polo Industrial de Manaus e mais de 80 mil empregos diretos.
Com o golpe de 2016, a elite do país tirou a Dilma, desrespeitando a Constituição Brasileira e a Democracia, e intensificaram a perseguição ao PT, aos militantes de esquerda, aos movimentos sociais e ao presidente Lula, uma das maiores lideranças políticas do mundo. Obama disse que o Lula era ‘o Cara’. Por isso, Lula é um preso político.
Após o golpe, o governo Temer começou a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Reforma trabalhista que retirou direitos, congelamento de gastos com saúde e educação, entrega da exploração do petróleo e do Pré-sal para os estrangeiros. E agora, com o governo de Bolsonaro, mais direitos estão sendo retirados. Começou com cortes no salário mínimo, o fim do programa Mais Médico, ameaças contra a Zona Franca de Manaus e ações contra os indígenas.
É tempo de comemorar a história e tudo de bom que o PT fez, mas também de reflexão e de continuar as lutas, a resistência, a defesa do Lula e denunciar a prisão política. Ele foi condenado sem provas. Precisamos também debater com a sociedade o legado e avanços dos governos do PT que beneficiaram o povo.
É momento de lutar contra os retrocessos e contra o governo que quer penalizar mais ainda a população e criminalizar os movimentos sociais. Mas o PT precisa estar no meio do povo, lutando pelo transporte, pela água, pela moradia, pelo emprego e tantos outros direitos.
O PT deve continuar filiando jovens, promovendo formação, debatendo a cidade e elegendo vereadores e prefeitos em 2020. Parabéns a todos os filiados e filiadas. A luta vai continuar e a resistência também!.
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
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