MANAUS – No dia da mulher, o principal clamor dos movimentos políticos femininos do mundo inteiro ainda não é atendido. Isso porque as mulheres ainda são tratadas como inferiores mesmo desempenhando as mesmas funções e assumindo as mesmas posturas encarregadas aos homens.
Isso acontece porque a sociedade ainda não evoluiu, permanece com os mesmos discursos hipócritas e dando as mãos para pessoas que incitam ódio e a misoginia pelos quatro cantos do país e onde puder falar.
O número que era de 6,7% homicídios femininos entre 2017 e 2018 – passou de 4.558 para 4.254 vítimas -, o percentual frustrou a expectativa diante dos dados divulgados na semana passada, que indicavam 13% de redução das mortes violentas em todo o país.
Apesar dos números que indicam melhorias, o Brasil permanece sendo um dos países que mais assassinam mulheres no mundo e esse fato definitivamente não pode ser ignorado. Justamente porque as mulheres ainda não são valorizadas como têm direito de ser.
Se não há respeito no mercado de trabalho, se não há respeito dentro de casa, se não há respeito nas ruas, se a mulher a todo momento está em perigo
Estudo divulgado em novembro de 2018 pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas para Crime e Drogas) mostra que a taxa de homicídios femininos global foi de 2,3 mortes para cada 100 mil mulheres em 2017. No Brasil, segundo os dados divulgados hoje relativos a 2018, a taxa é de 4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil mulheres, ou seja, 74% superior à média mundial.
O dia 8 de março segue sendo muito mais do que um dia de comemorações, flores e alegria. Permanece sendo um dia de luta, história e conscientização.