Da Redação
MANAUS – A queda na atividade industrial em Manaus foi menor na passagem de setembro para outubro deste ano, de -2,5%, registrada pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de janeiro a outubro de 2016, a queda foi acentuada, de -13,2%. Em 12 meses, a partir de dezembro de 2015, o índice foi de -15,3%.
Os índices representam uma perda da capacidade da indústria de fazer investimentos para aumentar a produção. Três fatores contribuíram para essa situação: a retração econômica que resultou em desemprego em massa e, consequentemente, a redução do consumo; uma diminuição acentuada na compra de produtos eletroeletrônicos, base de sustentação da economia em Manaus; e a incapacidade das empresas em conciliar incentivos fiscais com preços competitivos.
Um indicador do atrofiamento da indústria é o tempo de horas trabalhadas na produção, que registrou retração de 0,2% de junho para julho, assim como o uso do parque fabril teve queda de 0,3 ponto percentual, para 76,9% – o menor nível da série histórica, que tem início em 2011.
Manaus não é um caso isolado. A produção industrial recuou em 11 dos 14 locais investigados na passagem de setembro para outubro, segundo o IBGE. No maior parque industrial do País, São Paulo, a queda foi de 2,4%, redução mais acentuada do que a média nacional, de -1,1%.
Os demais resultados negativos foram registrados por Minas Gerais (-7,6%), Pará (-4,2%), Goiás (-3,0%), Santa Catarina (-2,1%), Região Nordeste (-1,2%), Rio Grande do Sul (-1,0%), Espírito Santo (-0,6%), Ceará (-0,3%) e Bahia (-0 3%). Na direção oposta, houve expansão no Rio de Janeiro (3,4%), Paraná (2,7%) e Pernambuco (1,5%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a indústria teve perdas em 13 dos 15 locais investigados em outubro, segundo o IBGE. No maior parque industrial do País, São Paulo, a queda foi de 6,5%, retração menos acentuada do que a média nacional, de 7 3%.
Os demais recuos foram registrados por Mato Grosso (-21,6%), Espírito Santo (-15,4%), Goiás (-13,7%), Minas Gerais (-11,1%), Amazonas (-8,6%), Ceará (-7,5%), Bahia (-7,4%), Santa Catarina (-4,9%), Rio Grande do Sul (-4,4%), Região Nordeste (-2,6%), Paraná (-2,2%) e Pernambuco (-0,7%).
Na direção oposta, houve aumento na produção do Rio de Janeiro (5,7%) e Pará (2,4%).
(Com Estadão Conteúdo)