Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – O Conselho Deliberativo do JC, de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), aprovou a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). De acordo com comunicado nas redes sociais no domingo (29), houve uma proposta apresentada em 3 de outubro, analisada e aprovada por unanimidade.
“O projeto foi amplamente discutido e estudado pela Comissão de Estudos para Sociedade Anônima do Futebol, com a participação de profissionais do mercado e especialistas que irão proporcionar ao JCFC investimentos e uma mudança de patamar, com garantias financeiras e contratuais”, diz o comunicado.
A postagem informa também que o projeto aprovado, “validado e celebrado por todos os conselheiros será apresentado inicialmente à empresa que formalizou a proposta, para análise e manifestação de interesse”
O Conselho Deliberativo do JC voltará a se reunir no dia 7 de novembro, em assembleia geral, para aprovação do novo estatuto do clube, adaptado para cumprir as exigências necessárias para a concretização da SAF.
Fundado em 2017 e profissionalizado em 2019, o JC disputou a primeira divisão do campeonato amazonense nos anos de 2021 e 2022. Competiu na segunda divisão também em duas temporadas: 2020, ano de sua estreia profissional, e 2023, após o rebaixamento em 2022.
Promessa não concretizada
Antes do JC, o Amazonas FC comunicou que se transformaria em SAF. Na época o clube ainda não tinha títulos nem acesso. No dia 28 de agosto de 2022, ao vencer a Portuguesa (RJ) por 3 a 2 no Estádio Carlos Zamith, garantiu o primeiro acesso, da Quarta para a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro.
Em 2023 o Amazonas conquistou, pela primeira vez, o título de campeão amazonense, no dia 23 de abril. No segundo semestre, garantiu o acesso da Terceira para a Segunda Divisão no dia 7 de outubro, ao vencer o Botafogo (PB) por 2 a 0 na Arena da Amazônia. Duas semanas depois, dia 22, tornou-se o primeiro clube amazonense a vencer um Brasileirão, ao derrotar o Brusque por 2 a 1 no Estádio Augusto Bauer.
Antes, no final de maio, o Amazonas viu-se envolvido na polêmica de emendas parlamentares de deputados estaduais. Sem que tivessem sido apresentadas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e analisadas e aprovadas nas comissões da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), apareceram emendas no valor de R$ 8,9 milhões para beneficiar o clube.
Apenas uma, de R$ 3,5 milhões, de autoria de Joana Darc (União Brasil) foi paga. Com a divulgação do fato, os autores Saullo Vianna (União Brasil), Francisco Gomes (Podemos) e Tony Medeiros (PL) cancelaram as emendas.