Do ATUAL
MANAUS – Após um ano dos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira na região do Vale do Javari, o prefeito de Atalaia do Norte (a 1.136 quilômetros de Manaus), Denis Linder Rojas de Paiva, afirmou nesta segunda-feira (5) que “aguarda a presença efetiva dos órgãos de segurança” no município.
Em nota, o prefeito também disse que espera um “maior apoio e atenção à região de fronteira” e que anseia por “justiça ao caso, a fim de dar punição devida aos envolvidos e mandantes [do duplo homicídio]”.
O MPF (Ministério Público Federal no Amazonas) disse também, em nota, que instaurou procedimento para apurar a questão da segurança pública no Alto Solimões e na região do Vale do Javari (AM).
O órgão informou que foram expedidos ofícios para ampliar a presença estatal na região e que apurou a existência de associação criminosa para a prática de pesca ilegal na Terra Indígena Vale do Javari. Dez pessoas foram denunciadas.
Apresentada em setembro de 2022, a ação já foi recebida pela Justiça Federal. Com isso, os envolvidos, entre eles, Amarildo da Costa Oliveira e Rubens Villar Coelho, o “Colômbia”, aguardam julgamento na Ação Penal 1001000-81.2022.4.01.3201.
Réus no Caso Bruno e Dom
Amarildo da Costa Oliveira (conhecido como “Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) estão presos pelos crimes de duplo homicídio e ocultação de cadáver no Caso Bruno e Dom.
Segundo o MPF, foram apresentadas mais duas denúncias contra os executores confessos. Uma delas tem condenação em primeira instância.
O órgão disse ainda que estão em curso dois inquéritos: um que é destinado a apurar se mais pessoas agiram para esconder os corpos das vítimas e o outro que busca identificar possíveis mandantes das mortes. O processo está em fase de instrução, isto é, na etapa em que as testemunhas e os réus são ouvidos pela Justiça.
“Os três acusados já foram interrogados, mas serão ouvidos novamente, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) autorizou a oitiva de mais testemunhas e, segundo o Código de Processo Penal, os réus devem ser os últimos a falar na fase de instrução. Finalizada essa etapa, caberá à Justiça Federal decidir se os três irão à júri popular”, informou o MPF.
Atualmente, o processo está em fase de instrução. É nessa etapa que as testemunhas e os réus são ouvidos pela Justiça. Os três acusados já foram interrogados, mas serão ouvidos novamente, uma vez que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) autorizou a oitiva de mais testemunhas e, segundo o Código de Processo Penal, os réus devem ser os últimos a falar na fase de instrução. Finalizada essa etapa, caberá à Justiça Federal decidir se os três irão à júri popular.
No MPF, cinco procuradores trabalham no caso: a procuradora da República titular em Tabatinga e quatro membros do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ).
Confira a nota da Prefeitura de Atalaia do Norte na íntegra.