Não sei qual a linha de raciocínio deveremos tomar para levar para a frente o nosso querido Brasil Olímpico.
Abro a televisão, e em qualquer canal de notícias que chego, vejo:
- São Paulo, o maior parque industrial do Brasil não tem água. Investimento sem água? Uma planta industrial e empregadora sem investimentos? Vai acontecer coisa ruim à medida que o depósito da Cantareira for secando.
- No Rio de Janeiro, a Cidade Olímpica, começaram a apanhar a preciosa água em um córrego “cariocadamente” chamado de “A Bica do Jacaré”, pois a água do local, é filtrada e apanhada no meio de centenas de robustos sáurios.
Nos mesmos canais e jornais leio a volta do Craque de Capivari à nata do futebol paulista. No auge da sua força atlética, aos 42 anos de idade, estamos vendo o retorno do Amaral, o Coveiro. Quando era jovem, Amaral não conseguia acertar um passe com mais de dois metros de distância. O clube e a cidade de Capivari estão comemorando o retorno de Amaral. Outros retornos bastante elogiados pela imprensa do sul e sudeste são os de Elano e Ricardo Oliveira, ambos para o futebol paulista e acima dos 33 anos. Elano faz a sua terceira passagem pelo Santos de Pelé e Coutinho.
Que coisa!
A grande disputa do novíssimo futebol é pelo passe do jovem veterano Conca, atleta que já passou pela China e pelo Fluminense. Flamengo e Corinthians se esforçam em um leilão e investirão mais de um milhão de reais por mês para terem Conca como maestro dos seus músicos. De quebra, os corintianos ainda acordam sonhando com o Paulinho do Tottenham, aquele perna-de-pau que alguns empresários apelidaram de craque e que a realidade logo mostrou o que era. Pau podre.
O grande artilheiro Ronalducho, craque que todos reverenciam, resolveu tirar a sua casquinha e já anuncia a sua volta. Engraçadinha e enchedora de estádios e arenas, seria a volta do ídolo pelas mãos dadas da Seleção Brasileira. É, sem dúvidas, a seleção mais risível, desorientada e desmoralizada do mundo.
Os campeonatos estaduais estão começando e os clubes ainda não possuem seus elencos para a temporada de exames e treinamentos.
Quanto amadorismo!
E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso (Caetano)
A Copa dos 7×1 ainda nem esfriou e a tragédia começa a se mostrar. É bom que se saiba que as eliminatórias da América do Sul estão às portas e o nosso futebol está piorando a cada dia.
Para que o ano futebolístico seja coroado de êxito, as forças desportivas do nosso Amazonas se uniram e sob a liderança de Roberto Gesta de Melo e Dissica Valério Tomaz, foram até os gabinetes do governador José Melo e do prefeito Arthur Virgílio Neto e pediram a participação dos nossos governantes para trazermos para a Arena da Amazônia uma das fases do futebol olímpico. Manaus como Cidade Olímpica é um sonho azul que jamais será esquecido.
Dissica e Gesta já conseguiram as cartas de apoio de todos os Estados da Região Norte. A primeira carta a chegar foi a do nosso querido Estado do Pará. Os 750 mil paraenses que escolheram o nosso Amazonas para viver agradecem com muita alegria.
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Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, já foi a três olimpíadas e se Manaus sediar o futebol, não será contada. Será um ótimo sonho sonhado.