Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O empresário José Lopes, mais conhecido como Zé Lopes, deixou o CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino), na rodovia BR-174, na tarde desta quarta-feira, 11. O pecuarista teve soltura autorizada pela desembargadora Mônica Sifuentes, do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), em Brasília, na última segunda-feira, 9, e será monitorado por tornozeleira eletrônica.
Zé Lopes estava preso desde o dia 30 de julho, quando foi alvo da Operação Eminência Parda, a sexta fase da Maus Caminhos. As investigações da Polícia Federal apontam que ele recebeu, entre março de 2014 e agosto de 2016, aproximadamente R$ 20 milhões do médico Mouhamad Moustafá, que é apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como líder do esquema criminoso.
Além do monitoramento por tornozeleira eletrônica, a magistrada determinou que Zé Lopes não pode manter contato com outros investigados. Ele também está proibido de sair de Manaus sem autorização da Justiça e terá que comparecer periodicamente à Justiça Federal para “informar e justificar atividades”.
Mônica Sifuentes afirmou que a “força motriz” para a decretação da prisão preventiva de Zé Lopes foi o fato de ele ter recebido supostas benesses ilegais (ligações de dentro do presídio) durante o tempo que esteve preso preventivamente na Operação Ojuara.
A desembargadora alegou que, naquela operação, ao ter a prisão preventiva convertida em medidas cautelares, o empresário não descumpriu nenhuma das restrições impostas a ele. Para ela, “tal fato revela a aptidão das medidas cautelares para resguardar a ordem pública e a aplicação da lei”. Sifuentes também considerou a idade de Zé Lopes, que tem 71 anos.