Da Agência Brasil
BRASÍLIA – O sargento de reserva a Aeronáutica, Juenil Bonfim de Queiroz foi preso em flagrante por feminicídio da esposa, Francisca Oliveira Queiroz e assassinato vizinho, Francisco Pereira, nessa quarta-feira, 12, em Brasília. Juenil Bonfim confessou ter assassinado Pereira, por suspeitar que o homem teria um relacionamento amoroso com sua esposa.
Pereira tinha um companheiro, que, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, presenciou o crime e conseguiu fugir do local. Os dois casais moravam no mesmo prédio, do qual Queiroz é síndico. Pereira e o companheiro estavam mudando de residência.
Uma viatura foi acionada para atender ao chamado, por volta das 19h30. Os agentes foram informados que deveriam priorizar a ocorrência, porque testemunhas teriam ouvido os disparos e avistado Queiroz com uma arma de fogo, em frente ao prédio, localizado na Quadra 1.405 do Cruzeiro Novo.
Quando os policiais militares chegaram ao local, o sargento entregou a arma, uma pistola 380, e confessou ter cometido o crime. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira, que comunicou, por meio de nota, que Queiroz permanecerá detido nas dependências do comando militar, em uma das alas da unidade de Brasília.
O governo do Distrito Federal determinou, em 24 de maio, que agentes das forças de segurança pública da unidade federativa que estiverem sendo investigados em processos relacionados à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) terão suas armas de fogo recolhidas. A medida foi instituída pelo Decreto 39.851/2019, cujo efeito recai somente sobre servidores dos quadros da Polícia Civil, Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e do Sistema Penitenciário, ou seja, não se estende a militares das Forças Armadas, que pertencem à esfera federal.