Durante seu depoimento à Delegacia de Crimes Financeiros da Polícia Federal no Amazonas, que durou mais de oito horas, a empresária Nair Queiroz Blair recebeu dos interrogadores a alternativa de ser beneficiada por uma delação premiada, caso colabore com a Justiça e “entregue” os agentes públicos que a ajudaram na aprovação e pagamento de um contrato no valor de R$ 2,5 milhões com o Ministério da Cultura e Ministério do Turismo, em 2007. Ela foi presa há quatro dias por não comparecer às audiências judiciais que instruem esse processo, onde ela é acusada de peculato (desvio de dinheiro público) e falsidade ideológica. Se for condenada, a empresária poderá pegar até 13 anos de prisão. O problema é que Blair já está “enrolada” em outra denúncia, a de compra de votos para o governador José Melo (Pros) e, nesse processo, também há risco de prisão. Nair Blair, cujo advogado Aniello Aufiero é irmão do secretário do governador Melo, Mário Aufiero, avalia se a delação poderá piorar ou não sua situação na Justiça e com antigos parceiros comerciais.