MANAUS – Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, Secretaria de Segurança Pública informa que os policiais militares que apreenderam panfletos da campanha do candidato Eduardo Braga (PMDB) na tarde de terça-feira, em Manaus, foram acionados para apurar denúncia anônima. Diz a nota que “pela suspeita de material de propaganda irregular, a fiscalização do TRE e a Polícia Federal foram comunicados e os policiais foram espontaneamente, prestar esclarecimentos na sede da PF”.
A assessoria jurídica do candidato Eduardo Braga conta outra versão: os policiais apreenderam material na rua que estavam com cabos eleitorais e foram a um dos comitês do candidato, no bairro Parque 10, na zona centro-sul, e tentaram invadir o local para tentar apreender mais material de campanha. Vídeos divulgados na internet mostram o advogado Marco Aurélio Choy tentando impedir a entrada dos PMs no comitê. Ainda segundo a assessoria do candidato, a fiscalização do TRE e a PF foram acionados pelo comitê para impedir a ação dos policiais.
Sobre o uso de um helicóptero na operação da PM, a SSP informa que o sobrevoo não fazia parte da ação ou “não foi acionado para atender o caso”. A secretaria também contesta a informação de que os policiais foram presos ou detidos. “A SSP destaca que não houve voz de prisão para nenhum dos policiais que estavam na ocorrência”.
A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal consideraram lícito o material distribuído pelo candidato Eduardo Braga. O panfleto reproduz matéria da Revista Isto É, com o título “Amazonas sob o comando da banda podre da polícia”, e coloca a imagem do governador José Melo ao lado das fotos dos comandantes da PM afastados a pedido do Ministério Público.
Abaixo a íntegra da nota da SSP
Sobre a ocorrência no Parque Dez, a assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informa que os policiais militares foram acionados para apurar uma denúncia anônima.
Pela suspeita de material de propaganda irregular, a fiscalização do TRE e a Polícia Federal foram comunicados e os policiais foram, espontaneamente, prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal.
A SSP destaca que não houve voz de prisão para nenhum dos policiais que estavam na ocorrência e que o Helicóptero do Graer não foi acionado para atender o caso.
A SSP-AM informa ainda que as polícias Militar e Civil tem o dever constitucional de intervir em qualquer situação de suspeita de crime ou em flagrante. Em flagrante delito, conforme a constitucional, qualquer cidadão pode dar voz de prisão.