Do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito Fernando Haddad, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), e outras lideranças do PT e de partidos aliados registraram, na tarde desta quarta-feira, 15, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. As lideranças políticas chegaram em um trio elétrico. Manifestantes participaram de manifestação a favor da candidatura de Lula. Fernando Haddad foi registrado como vice na chapa. Lula está preso em Curitiba condenado na Operação Lava Jato.
Gleisi afirmou que o registro da candidatura do ex-presidente é “histórico” porque está “nos braços do povo”. “É uma vitória muito grande fazer esse registro porque mostra o apoio popular do presidente Lula. É um dia de comemoração e vitória”, disse.
Para ela, o ato é um marco na “luta de resistência” que o partido tem feito desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Haddad também defendeu o registro da candidatura de Lula e confirmou que iniciará a campanha com viagens pelo País.
Questionado sobre se percorrer o Brasil em nome de Lula não fará com que os eleitores entendam que o partido desistiu de manter o ex-presidente na disputa, Haddad afirmou que Lula precisa ter um jeito de se comunicar.
“Essa chapa tem que estar representada nos roteiros que faremos pelo País. Não é democrático que a mensagem do que será seu próximo governo não chegue ao cidadão”, disse.
O pedido de registro de candidatura não garante automaticamente ao candidato o direito de disputar o pleito. Com fim do prazo, o tribunal vai publicar um edital para dar publicidade aos registros. Após a publicação, o Ministério Público Eleitoral (MPE), partidos e coligações poderão impugnar as candidaturas, alegando que candidato não poderá disputar as eleições em função de alguma inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa.
Após o eventual pedido de impugnação, o ministro relator do pedido vai decidir se o registro será aceito ou não. O prazo para decisão é 17 de setembro.
Militância
A Polícia Militar do Distrito Federal informou que dez mil pessoas participam de mobilização em Brasília a favor da candidatura de Lula. Os manifestantes caminharam por aproximadamente quatro quilômetros desde o Estádio Mané Garrincha, passando por toda a Esplanada dos Ministérios, até chegar às portas do TSE.
O movimento foi pacífico e é acompanhado pela Polícia Militar. Diversas lideranças políticas, entre parlamentares, prefeitos e governadores, participaram do atoa. A todo o momento, manifestantes gritam palavras de ordem pedindo a soltura do ex-presidente.