Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O inquérito n° 4429, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e tem como investigados os senadores do Amazonas, Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (PMDB), por possível recebimento de propina do Grupo Odebrecht, conforme delação premiada prestada na Operação Lava Jato, aguarda parecer do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.
No dia 17 deste mês, o MPF (Ministério Público Federal) apresentou as manifestações na ação em que é narrado um ajuste entre o Grupo Odebrecht e o então governador do Estado, Eduardo Braga, para que fossem feitos pagamentos em seu favor relativos à construção da Ponte Rio Negro em repasses de R$ 1 milhão, conforme planilha apresentada pelo colaborador Luiz Eduardo da Rocha Soares.
Conforme as investigações, após a eleição de Eduardo Braga ao cargo de senador da República, as solicitações de pagamentos passaram a ser feitas por José Lopes, empresário supostamente ligado ao então governador Omar Aziz. Todos esses pagamentos teriam como objetivo o favorecimento do consórcio, integrado pela Camargo Corrêa e Construbase, no que se refere à conquista do projeto, conforme consta no processo.
A investigação, busca esclarecer sobre o suposto recebimento de “vantagens indevidas pelo investigado Carlos Eduardo de Sousa Braga no exercício de seu mandato como governador do Estado do Amazonas, bem como a solicitação de que prosseguissem os repasses indevidos pelo seu sucessor Omar José Abdel Aziz, fatos que, ao menos por ora, em nada se relacionam com o que se apura na referida operação de repercussão nacional (Lava Jato)”, diz o texto da ação.