Da Redação
MANAUS – No Amazonas, 49% da população tinham algum rendimento mensal em 2017, mas somente 35% dos amazonenses com rendimentos tinham sua renda proveniente de trabalho. Isso coloca o Estado em penúltimo lugar entre os da Região Norte, à frente apenas do Acre com 31,8%. Rondônia é o Estado onde o rendimento do trabalho mais colaborava na renda das pessoas (41,7%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2017, na Região Norte, havia 17,9 milhões de pessoas residentes, contra 17,7 milhões em 2016. O Pará, com 8,3 milhões de pessoas, concentrava a maior parte da população (46,6%), seguido do Amazonas, com 4 milhões (22,7%); Rondônia, com 1,8 milhão (10,1%); Tocantins, com 1,5 milhão (8,6%); e Acre, com 829 mil (4,6%). Amapá e Roraima foram os estados com menores populações, 797 mil e 522 mil respectivamente.
Do total de 17,7 milhões de pessoas residentes no Norte em 2017; 9,2 milhões (52,6%) possuíam algum tipo de rendimento. Em Tocantins, 57,7% de população residente tinha algum tipo de rendimentos. Em Rondônia, (57,4%). No Pará, o percentual era de 52,8%; em Roraima (52,6%), no Acre (50,5%), em Amapá (48,7%).
A flutuação de um ano para outro é frequente. Mas, é significativa principalmente que num ambiente de recuperação econômica, uma Unidade da Federação apresenta aumento da população com rendimento. De 2016 para 2017, a Região Norte e os Estados do Acre, Pará e Tocantins experimentaram crescimento. Por outro lado, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá apresentaram queda, sendo a mais significativa a de Roraima com -1,8 pontos percentuais.
No Amazonas, em 2017, as pessoas que possuíam rendimento de todos os trabalhos correspondiam a 35% da população residente (1,3 milhão), contra 35,7% em 2016; enquanto 19,3% dos residentes (758 mil) possuíam algum rendimento proveniente de outras fontes em 2017. Em 2016, 717 mil pessoas possuíam rendimentos de outras fontes (18,6% dos residentes).
Destaca-se que, dentre os rendimentos de outras fontes, o mais frequente na população era aquele proveniente de aposentadoria ou pensão. Em 2017, 6,8% da população recebia aposentadoria ou pensão; 1,8%, pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador; 1,1%, aluguel e arrendamento; enquanto 10,4% recebiam outros rendimentos, categoria que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo, rendimentos de poupança etc, valores próximos aos de 2016.
Já o rendimento tendo como origem outras fontes, teve em Tocantins seu maior percentual (23,6%) e o menor foi registrado no Amapá (16,5%). No Amazonas, o percentual de pessoas com rendimento de outras fontes foi de 19,3%.
Em 2017, os amazonenses que declararam possuir algum rendimento, recebiam em média R$ 1.737, contra um rendimento médio de R$ 1.556 em 2016. O ganho de um ano para o outro foi bom, no entanto, o Amazonas possui apenas a terceira melhor média no rendimento de todas as fontes, atrás de Amapá (1.924) e Roraima (1.913).
O rendimento médio mensal real de todas as fontes se apresentou de maneira bastante distinta entre os Estados do Norte do país. O Amapá registrou o maior valor (1.924), seguido de Roraima (1.913), Amazonas (1.737), Rondônia (1.667), Tocantins (1.626), Acre (1.525) e Pará (1.355). Em 2016 a liderança foi de Roraima (2.031) e o Amazonas ficou na quinta posição (1.556).
A Pnad Contínua reúne informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes das pessoas residentes, possibilitando estudos relacionados tanto aos rendimentos provenientes de suas atividades laborais quanto ao rendimento total do domicílio. O rendimento de trabalho efetivo e habitualmente recebido no mês de referência é captado somente para as pessoas de 14 anos ou mais de idade.
Para efeito da presente análise, todas as informações sobre rendimentos referem-se àqueles efetivamente recebidos no mês de referência, e os valores dos rendimentos foram deflacionados a preços médios de 2017. Salienta-se que o rendimento de todos os trabalhos é captado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, enquanto o rendimento proveniente de outras fontes, para as pessoas de todas as idades.