MANAUS – Nesta segunda-feira, 30, completaram-se dois anos que o recém demitido secretário da Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) Gilberto de Deus denunciou uma onda de corrupção na pasta e levou o caso aos órgãos de controle. Gilberto, munido de documentos e um acervo fotográfico que mostravam o pagamento de obras não realizadas no Estado, procurou o MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), o MPF (Ministério Público Federal) e o TCE (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas). O TCE é que tem a investigação mais adiantada graças ao esforço de procuradores do Ministério Público de Contas.
No MP-AM, o processo, ou melhor, os processos patinam. A assessoria de comunicação informou nesta terça-feira, 31, que o processo aberto por determinação do procurador-geral Fábio Monteiro foi desmembrado e parte da investigação está com promotorias dos municípios do interior do Estado e outra, com uma promotoria criminal em Manaus. A mesma assessoria informou que nenhum promotor pode falar sobre o caso para não atrapalhar as investigações.
No MPF, que investiga as denúncias por envolver dinheiro federal nas obras denunciadas, o processo também anda a passos de bicho-preguiça. Dois anos depois, o MPF ainda está ouvindo testemunhas de acusação, com audiências marcadas para novembro.