“O que sofri nos últimos dias foi uma sucessão de ataques covardes, uma luta desigual, onde de um lado há uma megaestrutura financiada com dinheiro público, com diversas páginas no Facebook criadas com nomes de falsos movimentos sociais, ONGs e portais de notícias, além disto, um verdadeiro exército de quatro mil estagiários sendo pagos para não só disseminar imagens ofensivas e mentirosas, como também comentários contrários a mim, para transformar boatos em verdades na cabeça da população”. A frase é do deputado federal Hissa Abrahão (PDT) em resposta às cobranças feitas a ele na semana passada, quando o parlamentar fazia suspense sobre o voto dele no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Tentaram me humilhar publicamente sem nem mesmo eu ter divulgado meu voto”, disse Hissa, fingindo que o ambiente desfavorável que ora reclama não foi criado por ele mesmo. Hissa ficou duas semanas acovardado porque não poderia divulgar o voto. Lutou até o último momento tentando convencer o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a liberá-lo para votar contra a presidente para dar uma resposta aos que ele acha que são seus eleitores nas redes sociais. Não conseguiu. No fim resolveu contrariar a decisão do partido e votou como queria votar. Mas não pode reclamar do que ele mesmo criou.