Da Redação
MANAUS – Com função autárquica meramente burocrática, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) revê conceitos para se tornar uma agência de promoção econômica e atração de investimentos. A pedra fundamental lançada com esse fim é o PDI Plano Diretor Industrial – Diretrizes Táticas para a Área de Atuação da Suframa, que será lançado nesta sexta-feira na 275ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), em Manaus.
O PDI é uma espécie de planejamento para tentar implementar projetos econômicos no período de 2017 a 2025. Os incentivos fiscais do modelo vão até 2073. São 31 diretrizes distribuídas em oito áreas temáticas estratégicas: Desenvolvimento Organizacional; Gestão de Incentivos Fiscais; Logística; Ciência e Tecnologia; Atração de Investimentos; Inserção Internacional; Capital Intelectual e Empreendedorismo; e Desenvolvimento Produtivo.
No quesito Atração de Investimentos, a Suframa pretende identificar segmentos produtivos estratégicos. Setores como gás-químico, petroquímico e fertilizantes estão entre os itens estratégicos para receberem novos incentivos. Intenção do PDI é estimular segmentos que utilizem preponderantemente matéria prima de origem regional, tendo em vista a instalação de indústrias nas áreas de fármacos, cosméticos ou alimentação.
A Suframa não esqueceu sua própria estrutura burocrática e planeja implementar a criação de um sistema de avaliação por parte dos usuários para facilitar a liberação de mercadorias e projetos. “Nenhuma organização toma nenhuma decisão hoje sem levar em conta onde ela quer chegar amanhã. Se uma empresa, por exemplo, quer vender seus produtos para outro país daqui a cinco anos, ela, no presente, adota passos como conhecer o mercado, o público, tenta fazer acordos comerciais. Esse tipo de planejamento também pode ser usado na gestão pública para se definir com mais segurança quais ações devem ser adotadas agora tendo em vista o futuro”, disse Rebecca Garcia, superintendente da Suframa.