MANAUS – Só três deputados do Amazonas assinaram o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Setor Elétrico, que recebeu assinaturas suficientes para ser instalada na Câmara dos Deputados. São eles: Arthur Bisneto (PSDB), Pauderney Avelino (DEM) e Silas Câmara (PSD). Todos os que assinaram eram do grupo que derrotou o agora ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB).
Os aliados de Braga, Marcos Rotta (PMDB), Hissa Abrahão (PPS) e Conceição Sampaio (PP), não assinaram o documento. Também deixaram de assinar os deputados Átila Lins (PSD) e Alfredo Nascimento (PR). O motivo é que os partidos deses parlamentares são da base aliada do governo na Congresso Nacional.
Assinaturas da base
A oposição contou com a assinatura de 53 parlamentares da base aliada do governo na Câmara para entrar com o pedido de criação da CPI do Setor Elétrico. O requerimento é o oitavo da fila de CPIs na Casa, onde só podem funcionar simultaneamente cinco comissões por vez. Até o momento só a CPI da Petrobras foi autorizada a funcionar e sua instalação está prevista para depois do carnaval.
O requerimento que pede a investigação sobre as causas e os responsáveis pela “desestruturação” do setor elétrico entre 2004 e 2012 teve o apoio de governistas do PMDB (11), PSD (10), PP (9) e PR (8), PRB (6), PDT (7), PROS (1) e PTB (1). Vinte e dois parlamentares da base assinaram também a lista da CPI da Petrobras.
Aguardam o deferimento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os pedidos de criação das CPIs para investigar a máfia de próteses e órteses no País, a do sistema carcerário brasileiro, a da violência, a da violência contra jovens negros, a dos planos de saúde e a das pesquisas eleitorais. Como a CPI dos setor elétrico é a última da fila, os partidos de oposição contam com o indeferimento de alguns requerimentos para garantir seu funcionamento.
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(Da Redação, com informações do Estadão Conteúdo)