Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – Viajar a partir deste mês deve ficar 40% mais caro, estima a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O aumento no preço das passagens aéreas ocorre pela alta na procura por pacotes turísticos de fim de ano. Quem se antecipou conseguiu tarifas menores. É o caso do odontólogo Allex Lira, de 30 anos. Em meados deste mês ele embarca para a Tailândia, no Sudeste asiático, de férias. A passagem aérea custou R$ 1,9 mil, idade e volta, comprada em fevereiro. “Se fosse comprar hoje, o valor da passagem para o mesmo trecho não sairia por menos de R$ 5 mil”, disse.
Allex Lira é um viajante experiente. No Brasil, Fernando de Noronha e Rio de Janeiro estão entre os destinos preferidos. No exterior, o dentista é fã de Las Vegas (EUA) e dá dicas para fugir dos valores exorbitantes. “Eu procuro estar atento às tarifas das passagens aéreas e optar pelo que for mais conveniente para mim em termos de valores. Hoje em dia, temos a tecnologia a nosso favor e é mais vantajoso usar em tempos de crise econômica para não desperdiçarmos dinheiro e aproveitarmos novas experiências em viagens que serão inesquecíveis em nossas memórias”, disse.
Tecnologia também foi o recurso utilizado pela radialista Gracie Araujo, 32, para economizar com a passagem aérea. Ela pesquisa na internet e acompanha promoções das companhias de aviação. Gracie diz que, para quem pretende ir ao exterior, a melhor estratégia de negociar pacotes ou aproveitar as promoções relâmpagos das empresas aéreas. “É importante aliar a tecnologia às nossas necessidades. Estar sempre atento às oportunidades de viver novas experiências em viagens com custo mais em conta”, disse a radialista, que hoje vive nos Estados Unidos.
A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) informou que irá repassar ao consumidor a taxa de 25% que o governo federal cobrará das companhias que alugam aviões na Irlanda, país concede isenção de imposto em negócios de leasing.
No Amazonas, a Amazonastur (Empresa Amazonense de Turismo) considera que não haverá alta no valor das passagens em voos saindo de Manaus. A autarquia estadual aposta na redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre o querosene de aviação. Antes, a alíquota era de 25%. O governo do Estado baixou para 7%.