Da Redação
MANAUS – Proibidos de fazer greve, os policiais militares cogitam adotar uma operação padrão para pressionar o Governo do Amazonas a implantar as promoções da categoria. Com esse sistema, os policiais trabalham conforme as necessidades básicas da corporação. Reunidos na manhã deste sábado, 8, em assembleia geral, os policiais deram um prazo até quarta-feira, 12, para o governo começar as promoções de 2,4 mil praças e soldados.
Os policiais convocaram assembleia após o governador interino David Almeida (PSD) anunciar, na sexta-feira, que não poderia fazer as promoções por impedimento da legislação eleitoral e pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). “Esse argumento já foi debatido e vencido. Não é argumento para executar as promoções. Tanto que temos ações judiciais já ganhas e o governo do Estado continua recorrendo”, disse o major Emerson Figueiredo, presidente da Associação dos Oficiais Militares do Amazonas.
Figueiredo descarta qualquer paralisação dos policiais, mas disse que a categoria irá cobrar os direitos assegurados em lei dentro da legalidade. Segundo ele, os policiais convivem com falta de fardamento e coletes para o trabalho diário.
A promoção dos policiais militares está assegurada pela Lei Estadual n° 4044/2014. Nessa sexta-feira, David Almeida alegou que há dinheiro para pagar os policiais obtido com o corte de gastos, mas está impedido pelo processo eleitoral. A eleição suplementar para o governo do Estado foi mantida e será no dia 6 de agosto. Conforme Almeida, a promoção agora configuraria favorecimento político.
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