MANAUS – Logo depois as manifestações contra o presidenciável Bolsonaro, pesquisas apontaram que a sua popularidade entre mulheres aumentou. Esse fenômeno não impediu que a onda contrária ao deputado continuasse forte. Esses dois eventos denunciaram um fato pelo qual não podemos negar, as mulheres serão decisivas nessas eleições.
Na histórias temos diversos exemplos de mulheres que foram às ruas para defender sNo dia 19 de março de 1964, era realizada na cidade de São Paulo a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Estima-se que entre 500 mil e 800 mil pessoas partiram às 16h da Praça da República em direção à Praça da Sé, no centro, manifestando-se em resposta ao emblemático comício de João Goulart, seis dias antes, defendendo suas Reformas de Base na Central do Brasil.
Passaram à história como as genuínas idealizadoras e promotoras da marcha organizações femininas e mulheres da classe média paulistana.
No entanto, por trás deste aparente protagonismo feminino às vésperas do golpe que deu lugar a 21 anos de regime ditatorial, esconde-se um poderoso aparato financeiro e logístico conduzido por civis e militares que tramavam contra Jango. Um detalhe: quase todos eram homens.
A figura da mulher e a força da sua representatividade era inegável em 1964 assim como ela é hoje. Entretanto, assim como nessa época homens apropriavam-se dessa figura para defender óticas ideológicas que beneficiavam apenas eles.
O golpe militar foi influenciado diretamente pelos movimentos cristãos, pelos valores cristãos e o medo do “comunismo”. Resultado?
Anos de dor, crianças mortas, jornalistas assassinados, famílias destruídas e muitas vidas relativizadas.
O protagonismo da mulher em uma sociedade é extremamente importante. Eles sabem disso, sempre souberam.