MANAUS – Chegamos ao segundo turno com dois extremos políticos, dois tipos de discursos e dois grupos que parecem estar certos de seus posicionamentos. Até que ponto esse extremismo pode atrapalhar uma democracia?
Se por um lado existe quem tenha certeza absoluta que Bolsonaro é um líder autoritário que vai implantar um governo com características fascistas, por outro lado existe quem tenha certeza absoluta que com a volta do PT através de Haddad o comunismo seja instaurado no país.
É fato que o PT tem sérias falhas de caráter, organização e autocrítica. Um partido que precisava reinventar-se, mudar de postura. Aceitar as falhas e moldar um novo discurso.
A contrapartida a grande novidade dessas eleições fica distante de ser uma opção lúcida, pacífica e coerente. Um líder que não parece ter sérias preocupações com o que fala, discursos agressivos e atitudes fora da razão marcam uma campanha que não começou agora.
Em uma situação de caos que é o atual cenário do Brasil, resta a nós fazer uma autoanálise. O que estamos fazendo com o nosso poder de escolha? Em quem estamos depositando confiança para os próximos quatro anos? Até que ponto vale a pena um extremo? Enquanto isso pessoas já estão sendo assassinadas por causa de seu posicionamento, ainda não escolhemos um representante mas desde agora já escolhemos a injustiça.