Todos os finais de ano em que os times brasileiros viajam para os outros continentes, para disputarem o título de Campeão do Mundo, os que ficam por aqui não torcem como torciam e os que viajam acompanhando seus times, enchem seus cantis de lágrimas e seus bolsos de dívidas.
Foi uma coisa horrível ver o Santos Futebol Clube levar um banho de bola do Barcelona. Uma vergonha! Parecia aquele velho treino dos titulares contra os juvenis. No caso do Santos, a impressão era que os adultos do Barcelona estavam ensinando seus filhos a brincar de “Peru”. Os espanhóis tocavam, deslocavam e voltavam com a bola. Os “Meninos da Vila” corriam atrás da bola, aos montes, completamente tontos e dominados. Os espanhóis custaram a acreditar que aquilo que estavam fazendo era criação do brasileiro Gentil Cardoso, frase de entrada no Museu do Futebol:
“Quem desloca recebe, quem pede tem preferência”
Em 2010, o Internacional de Porto Alegre, chegou em uma outra decisão para ganhar da Internazionale, de Milão. Coitados! Perderam do TP Mazembe, da República Democrática do Congo, e ainda levaram um show de bola do time que seria o lanterna. Voltaram com todos os sintomas de que reformariam o triste futebol jogado no Brasil, e enganador de milhões de brasileiros que pagam o pay-per-view mais caro do mundo, para ver veteranos fora de forma, e infantis postos na vitrine para uma rápida venda por espertos procuradores.
Neste final de 2013, quando o Atlético parou de jogar o Brasileirão, para se dedicar ao Torneio dos Campeões, sentimos que haveria outra “besteirada” dos nossos geniais técnicos e dos poderosos e intocáveis dirigentes.
Quem já viu, neste mundo da bola, o Real Madrid, o Barcelona, o Bayern, o Manchester, o Milan, o Paris Saint-Germain, colocar seu segundo time para jogar os principais campeonatos nacionais com o propósito de um treinamento para um torneio de três jogos, que diz pouco ou quase nada. Os patrocinadores desses timecos, que saem para representar o futebol brasileiro, ou são muito apaixonados ou não entendem nada de paixão e ódio no futebol. As arquibancadas estavam vazias e mesmo depois de abertas, sem pagamento, continuaram vazias. O nosso Atlético Mineiro, treinou três meses para jogar contra o Bayern de Munique e levou um show de bola do Raja Casablanca, do futebol majestoso do Marrocos, não chegando a ver o Bayern, a não ser na hora da entrega de faixas. Ao término do jogo, os jogadores do Raja Casablanca disputavam o equipamento do Ronaldinho com ferocidade.
Quanto amadorismo!
Entra ano, sai ano, as derrotas com olé se agigantam e ninguém faz nada para que o futebol jogado no Brasil possa mostrar ao mundo, um esporte forte como o voleibol, o judô, a ginástica, a vela e a natação de longa distância.
Uma lástima!
Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, detesta a falta de representatividade do Brasil no Torneio dos Clubes da Fifa.