Há algum tempo, pouco mais de uma década, era difícil imaginar a relevância que algumas disciplinas tomariam no processo de seleção profissional, incluindo os concursos públicos. É o caso da informática e do raciocínio lógico.
Dentre as disciplinas tradicionais, conhecer a língua e a gramática portuguesa sempre foi relevante para dar maior eficácia à comunicação. Ainda assim uma razão a mais para aprender as regras do idioma de Camões se coloca atualmente – a nova reforma ortográfica. Contudo, independentemente de todas as reformas que vier a sofrer, o emprego correto das regras da língua sempre será necessário, seja na expressão escrita seja em ocasiões formais da expressão oral. Portanto, estudar português é imprescindível, ainda mais aos que se candidatam a cargos via concurso público.
Já com a informática e o raciocínio lógico a coisa é mais recente. Antes de tornarem-se disciplinas obrigatórias nos concursos públicos, eram vistas como coisas de técnicos ou de filósofos. Agora, a coisa é generalizada e, cada vez mais, estão presentes em processos seletivos públicos e também privados. No caso de processos seletivos para corporações e empresas privadas, quase sempre, a proficiência em língua inglesa é um requisito imprescindível.
Para dar mais efetividade ao processo de respostas entre os envolvidos nos diversos segmentos do mundo do trabalho, tratou-se de afinar a ferramenta cognitiva mais empregada – o raciocínio lógico. Mas usá-lo muito não significa usá-lo bem, por isso, importa aprender a usá-lo melhor, ou seja, aprimorar as técnicas e refinar os instrumentais do raciocínio lógico. Isso permite definir com mais clareza, precisão, objetividade e coerência os termos de um procedimento, uma negociação, exposição, relação institucional ou entre pessoas físicas e jurídicas na vida civil, contribuindo assim para agilizar os procedimentos e os resultados a serem alcançados.
A exigência dessas disciplinas é expressão da busca por eficiência, economia e celeridade num mundo acelerado e apequenado pela globalização. É preciso chegar onde for preciso, por mais distante ou difícil que seja o destino. E a ferramenta básica é a informática com internet, preferencialmente com boa fluência em inglês, pois o mundo agora cabe num computador conectado. A sociedade passa por mudanças, novas técnicas e processos se consolidam, e novas demandas são incorporadas ao processo produtivo, econômico, interinstitucional e isso se reflete necessariamente em termos de exigências para o acesso ao mercado de profissões.
Por todos esses aspectos, ao lado das tradicionais – como a língua portuguesa, direito, administração, contabilidade etc, o peso que disciplinas como informática e raciocínio lógico ganham nos concursos pode se ampliar, pois refletem as demandas técnicas, sociais e formacionais das instituições públicas, privadas e do mercado de trabalho num contexto de celeridade, economia e eficiência ditado pela globalização.
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