SÃO PAULO – O Corinthians está vivo na briga pela Copa Libertadores e o Internacional já começa a ver a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro como um milagre. Tudo por culpa de Marlone que viveu um dia especial nesta segunda-feira, 21. Seu gol saiu de um lance polêmico, mas isso não apaga a boa atuação. Além do gol da vitória por 1 a 0, no Estádio Itaquerão, em São Paulo, pela 36ª rodada, ele ainda foi indicado ao Prêmio Puskás e, com sobras, o melhor em campo. Neymar, do arcelona, também concorre ao Puskás.
Marlone concorre ao gol mais bonito da temporada pela jogada feita diante do Cobresal, do Chile, no dia 20 de abril, pela Libertadores, quando o meia dominou uma bola de peito e acertou belo voleio. Nesta segunda-feira, não teve nenhum lance digno de Puskás, mas o atacante fez com que o Corinthians chegasse aos 54 pontos, um a menos que Botafogo e Atlético Paranaense, que está no G-6. Já o Internacional continua com 39, na zona de rebaixamento, e precisa de uma combinação de resultados para escapar da queda.
Os torcedores corintianos presentes no Itaquerão não escondiam o sentimento de vingança. Pareciam mais interessados em ver o Corinthians afundar ainda mais os gaúchos do que ver seu time de coração na Libertadores.
Tanto que passaram vários momentos fazendo cânticos lembrando a possibilidade do time gaúcho cair e exibiram faixas com frases como ‘Lembram 2007?’ e ‘Desliguem o DVD, acordem na Série B’, fazendo relação ao fato do time colorado ter perdido para o Goiás no Brasileirão daquele ano, resultado que colaborou na queda do Corinthians para a Série B.
Dentro de campo, os jogadores pareciam sentir o clima pesado do jogo. Muitas disputas duras, algumas até desleais e pouco futebol. O Corinthians precisava vencer para não ver o G-6 se afastar. O Internacional via os três pontos como uma possibilidade de sonhar em se safar da queda.
O técnico Lisca, debutante nesta segunda-feira, vai receber R$ 1 milhão para salvar o Internacional. No banco de reservas, deu seu show, pulou, gritou e não ficou parado um minuto sequer. Mas toda a sua energia não contagiou os atletas.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)