O Teatro Amazonas é o principal patrimônio cultural arquitetônico do Amazonas, localizado no Centro Histórico de Manaus, no complexo arquitetônico Largo São Sebastião, inclui a Igreja de São Sebastião e a praça de mesmo nome. Tombado como patrimônio histórico em 28 de novembro de 1966, o prédio tem capacidade para 701 pessoas na platéia e nos andares de camarote. Após restauração realizada em 1990 pelo Governo do Estado, o teatro retomou seu apogeu com a realização do Festival Amazonas de Ópera (o segundo maior da Região Norte no gênero) e com a apresentação em seu palco de espetáculos clássicos e populares de dança, música e teatro de artistas locais, nacionais e internacionais. Promove visitas guiadas e teatralizadas para turistas e comunidades, com personagens de época revendo fatos importantes de sua história.
A história do Teatro Amazonas inicia-se em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembléia Provincial do Amazonas, e começaram as discussões a respeito da construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do ciclo da borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias europeias e americanas. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época, assim como existia um casa de ópera na cidade de Belém, o recém-inaugurado Theatro da Paz.
O projeto arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884. As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do ciclo da borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores,pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do Salão Nobre, a área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis. O teatro foi finalmente inaugurado no dia 31 de Dezembro de 18961 .
A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a plateia e os três andares de camarotes. No Salão Nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada “A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia”, de 1899, de autoria de Domenico de Angelis.
Fotos: Valmir Lima