MANAUS – O Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 5, pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apontou que a parceria entre população e Prefeitura de Manaus tem sido fundamental para o combate ao Aedes aegypti. Até o momento 4.568 denúncias de locais com possíveis criadouros do mosquito foram registradas no Disque-Saúde. Destes, 91% já foram inspecionados pelos agentes de endemias do órgão.
A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológico (Devae), Angélica Tavares, explica que o alto índice de resposta às chamadas está sendo possível devido à otimização do trabalho. “Estamos conseguindo resolver as demandas graças a alguns ajustes e ao fortalecimento do trabalho das equipes” destacou.
Em paralelo ao trabalho dos agentes de endemias, fiscais do Departamento de Vigilância Sanitária (Visa Manaus) realizaram 943 vistorias em locais de risco para a proliferação do vetor, tendo autuado 10% desses estabelecimentos com multas.
Outra estratégia que está colaborando para a ampliação do controle dos criadouros de Aedes aegypti na capital amazonense é a criação de ‘Brigadas de Combate ao Aedes’. Até o momento, foram implantadas 1.604 brigadas, com 8.600 pessoas capacitadas.
O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, destaca a importância da parceria entre o poder público e os cidadãos para o controle de fatores de risco para dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes. “A participação ativa da população e o reconhecimento de que a prevenção é uma responsabilidade de todos nós, tem contribuído bastante para evitar epidemias dessas doenças na cidade e, consequentemente para reduzir os riscos de ocorrência de casos de microcefalia em bebês de mães infectadas pelo zika”, enfatizou.
Registro de Casos
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Semsa, até o momento, foram notificados em Manaus 3.462 casos suspeitos de zika vírus. Dos quais, 19% foram confirmados, 38% seguem em investigação e 43% foram descartados. Do total dos casos notificados, 688 são de grávidas, sendo 18% confirmados, 44% em investigação e 38% já descartados.
Foram notificados, ainda, 15 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos. Seis destes estão em investigação e quatro já foram descartados por apresentar o perímetro cefálico dentro dos parâmetros esperados, posteriormente. Dos cinco confirmados, quatro não têm relação com a febre do zika vírus.
O único caso confirmado de microcefalia transmitida pela doença em Manaus foi um bebê que nasceu em abril deste ano, na Maternidade Ana Braga, com perímetro cefálico de 28 centímetros. A mãe teve a febre do zika vírus em Boa Vista (Roraima), aos dois meses de gestação. A Semsa está acompanhando o caso por meio do Ambulatório de Seguimento do Bebê de Alto Risco.
(Com informações da assessoria da Semcom)