De acordo com uma fonte que participou do encontro do governador com o líder petista, Omar confessou que disputará o Senado
MANAUS – Uma fonte ligada ao PT e que acompanhou o encontro do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, com Omar Aziz (PSD), na tarde de desta sexta-feira (7 de fevereiro), em Manaus, disse ao ATUAL, na manhã deste sábado, que o governador do Amazonas afirmou, com todas as letras, que deixará o cargo em abril para disputar o Senado Federal. “Ele confirmou ao presidente do PT que será candidato ao Senado e disse que não vai perder essa oportunidade”, disse a fonte.
O governador também disse que até agora evitou confirmar publicamente a candidatura para evitar uma corrida de aliados ao gabinete dele. Com a definição da candidatura de Omar e a saída dele do governo, uma série de definições que ainda estão sendo negociadas perderiam o objeto, o que o faz adiar o anúncio para um momento oportuno, segundo essa mesma fonte.
Na terça-feria desta semana, durante a leitura da Mensagem do Governo de 2014, Omar afirmou à imprensa que ainda não era hora de falar em candidatura e que a definição sobre a disputa ao Senado só seria anunciada no tempo oportuno.
Com a saída de Omar do governo, o vice-governador José Melo, assume o comando do Estado e ficará com a chave do cofre para disputar a reeleição em outubro. É tudo que ele quer e tudo que o senador Eduardo Braga (PMDB) não quer.
Braga também conversou na tarde de ontem com o presidente do PT, de quem ouviu que “é um parceiro político em Brasília” e “uma pessoa de extrema confiança da presidenta Dilma Rousseff”, mas não houve declaração de apoio à candidatura dele ao governo do Estado
Aos militantes e políticos do PT, em encontro na noite de sexta-feira, Rui Falcão disse que a decisão sobre aliança ou candidatura própria nas eleições deste ano é do diretório regional, mas o deputado José Ricardo afirma que é pouco provável que uma decisão local pela candidatura própria seja homologada pela direção nacional. “Existe uma resolução que estabelece que as decisões regionais precisam ser homologadas pela nacional”.
No plano nacional, de acordo com José Ricardo, Rui Falcão disse que a prioridade do partido é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. E a reeleição depende, em grande medida, de alianças com os demais partidos. O Amazonas será usado como moeda de troca com partidos, porque em outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, o PMDB e o PT terão candidatos ao governo.
A influência do PMDB e de Braga nas decisões do PT são tão evidentes que Rui Falcão adiou a vinda a Manaus de quinta para sexta-feira em função da agenda do senador.