![Padre Joaquim Hudson criticou a saúde pública no Amazonas (Imagem: Facebook/Reprodução)](https://amazonasatual.com.br/wp-content/uploads/2023/12/Padre.jpeg)
Do ATUAL
MANAUS – O padre Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, que é bispo-auxiliar de Manaus, criticou o saúde pública no Amazonas durante missa na Catedral Metropolitana, no último domingo (26), e afirmou que “não é vontade de Deus que as pessoas morram pela falta de assistência e privadas de direito que são garantidos pela Constituição”. Ele também citou negligência nos hospitais.
Joaquim Hudson disse que visitou pacientes em hospital e se deparou com condições inadequadas por falta de alimentos, remédios e atraso nos salários dos profissionais de saúde.
Na missa, Joaquim Hudson discorreu sobre a importância da ajuda ao próximo e os anseios de muitas pessoas que tem “fome” de dignidade. Ele afirma que é preciso olhar “a causa de tanto sofrimento e privatização”.
O padre fazia a explicação do evangelho de Mateus, segundo o qual “quando o Filho do Homem vier em sua glória vai separar os ‘malditos’ dos ‘justos’ por fazerem bem ao próximo”. “Eu estava doente e cuidastes de mim”, diz o trecho da Bíblia.
“Profissionais com salários atrasados de meses, cooperativas que não recebem, ausência de alimentação para profissionais, ausência de alimentação para acompanhantes, ausência de medicamentos. E todo mundo diz que está tudo muito bem na saúde do estado. Não está”, disse Joaquim Hudson.
Ele citou pessoas que morrem à espera de atendimento nas unidades hospitalares e ficam em filas por muito tempo e não conseguem. Para ele, essas pessoas morrem pela “negligência, omissão e negativa a um atendimento”.
“A gente não pode simplesmente dizer que é o anjo de Deus que voltou para o céu, porque é vontade de Deus, que chegou sua hora. Não é vontade de Deus que as pessoas morram desse jeito. Nunca foi vontade de Deus que as pessoas morram privadas de direitos que elas têm, garantidas pela Constituição”, afirmou.
Quatro dias depois da declaração do paroquio, empresas prestadoras de serviço médico ao estado anunciaram, nessa quinta-feira (30), que vão parar os atendimentos não urgentes no Amazonas pela falta de pagamento e más condições de trabalho.
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