MANAUS – Reunião na manhã de quarta-feira, em Brasília, definiu alteração na executiva estadual do PDT com o objetivo de organizar a sigla para a disputa pela prefeitura de Manaus em 2016. Pelo mau humor e irritação que o atual presidente Stones Machado demonstra a interlocutores a indicação é que, dessa vez, a mudança pode ser para valer. Na nova composição, Stones se mantém na Executiva só que perde a presidência estadual para o deputado Dermilson Chagas, único eleito pela sigla na ALE-AM. Stones passará a ocupar a função de secretário-geral, anteriormente exercida por Dermilson.
Alteração semelhante foi feita em abril deste ano, só que na ata da Executiva Nacional o mandato de Dermilson foi de praticamente um mês sem qualquer condição de ser exercido de fato. Por causa da pernada que levou há oito meses, Dermilson preferiu o silêncio e espera a publicação da ata para confirmar seu comando no PDT e se de fato se tornará presidente.
Stones tentou até o fim manter suas forças na Executiva Estadual indicando a nacional necessidade de eleição sob a condição de que a presidência não fosse para as mãos de Dermilson, com quem mantém uma rinha política e pessoal. Na reunião da quarta, a queda de braços entre os dois para indicar membros da Executiva também colocou Dermilson numa situação menos desconfortável na sigla, a se considerar que o único membro fiel que Stones conseguiu emplacar foi um sobrinho. Até mesmo o vereador Gilmar Nascimento, secretário municipal de planejamento foi vetado.
Outros membros da sigla indicado como representes de Manaus, do interior e um membro indicado por Carlos Luppi são pessoas que mantém boa relação com Chagas, incluindo o vereador Francisco das Jornadas.
A rearrumação da casa do PDT no Amazonas tirando o comando de Stones e do ex-prefeito e ex-governador Amazonino Mendes tinha como objetivo preparar o terreno para a filiação do vice-governador Henrique Oliveira (SDD) e lançá-lo como candidato à prefeitura de Manaus em 2016. Esse era o cenário ontem de manhã, mas à noite a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) de cassar o mandato do governador José Melo (Pros) e seu vice Henrique Oliveria trouxe novo ingrediente ao jogo.
É que, pela Lei da Ficha Limpa, ainda que um processo caiba recurso basta uma condenação colegiada de cassação para que o político esteja inelegível.