Da Redação
MANAUS – O chefe da Guarda Municipal do município de Careiro (a 88 quilômetros de Manaus), Jair Gomes de Moura, de 47 anos, foi preso preventivamente na segunda fase da operação ‘Mão de Ferro’ nesta sexta-feira (25).
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, Jair é suspeito de colaborar com a facção criminosa Comando Vermelho, responsável por ataques criminosos a prédios públicos da cidade entre os dias 5 e 7 de junho, repassando informações de ações policiais.
Davi Jordão, delegado de Careiro, afirma que o chefe da Guarda Municipal atuou para dificultar investigações posteriores. “Esse servidor, chefe, com status até mesmo de secretário, ele providenciou até mesmo o apagar das imagens das câmeras de segurança da prefeitura”, disse. “As informações vazadas eram de suma importância para que os ataques ocorressem e para que os que cometeram os ataques continuassem impunes”, afirmou Jordão.
Segundo Jordão, o investigado é servidor da Prefeitura do Careiro desde 1996 e era respeitado pelos moradores.
Jordão afirma que além de Jair, a ação tinha como alvo o guarda civil Rodrigo Ferreira Nogueira, de 33 anos, conhecido como ‘Fofão’, também suspeito de envolvimento com os ataques no município. O guarda está foragido. “Infelizmente, apenas um foi possível a sua captura”, disse.
De acordo com o delegado, o guarda era um dos primeiros alvos da investigação, mas conseguiu escapar da primeira fase da operação. “Ele conseguiu evadir da primeira fase da operação ‘Mão de Ferro’ justamente por ter uma informação privilegiada advinda, supostamente, conforme as nossas investigações, pelo chefe da guarda”, afirmou.
De acordo a Polícia Civil, foi constatado que, nas horas vagas, Rodrigo Nogueira trabalhava como taxista, e a mando da facção criminosa, transportava drogas.
“O indivíduo foi visto pela última vez em um posto de gasolina, no Careiro, e possui um mandado de prisão preventiva aberto em nome dele, expedido no dia 11 de junho deste ano, pelo juiz Roberto Santos Taketoni, da Vara Única da Comarca do Careiro. Estamos trabalhando para localizá-lo, a fim de elucidar esse caso”, disse o delegado-geral adjunto Tarson Yuri.
De acordo com Tarson Yuri, foram 30 mandados na primeira fase da operação, sendo 15 de prisão e 15 de busca e apreensão. Destes, 28 foram cumpridos e dois alvos estão foragidos até o momento.
Na segunda fase, foram quatro mandados, dois de prisão e dois de busca e apreensão. “Nesta segunda fase, dois (mandados) foram cumpridos com êxito, um de busca e a sua respectiva prisão preventiva”, disse Yuri.