Da Redação
MANAUS – Com custo de R$ 5.880,91 por aluno, Manaus é a primeira cidade na região Norte em gasto com educação: R$ 1,413 bilhão em 2019. Houve aumento de 3,8% em relação a 2018, quando o total foi de R$ 1,362 bilhão, segundo dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da FNP (Frente Nacional de Prefeitos).
Entre os 16 municípios analisados, apenas dois registraram retração no gasto na área, sendo um deles uma capital do Amapá, Macapá.
Depois de Manaus, aparecem Belém – R$ 549,1 milhões; Porto Velho – R$ 345 milhões; Boa Vista – R$ 314,5 milhões; e Palmas – R$ 309,3 milhões.
No custo por aluno, Belém lidera com R$ 8.425,97 seguida de Ji-Paraná com R$ 8.188,92; e Rorainópolis com R$ 8.146,44. Os valores são atualizados pelo IPCA médio de 2019. Araguaína (TO) também é destaque no gasto por aluno: R$ 8.128,50.
Roraimópolis (RR) registrou a maior alta entre as cidades avaliadas, de 34,1%, saltando de R$ 28 milhões em 2018 para R$ 37,5 milhões aplicados em 2019. Em seguida, está Belém que registrou um incremento de 19%, ampliando os gastos de R$ 461,5 milhões para R$ 549,1 milhões no período analisado.
A despesa com educação de 2019 em Belém, no entanto, não superou o montante gasto em 2015, de R$ 559,7 milhões, valor corrigido da inflação. A terceira maior alta é de Ji-Paraná (RO, com 18,5%, onde o dispêndio de R$ 62,2 milhões praticamente igualou-se ao de 2016, de R$ 62,7 milhões, segundo o anuário.
Macapá registrou redução nos gastos com educação – também a maior entre as cidades analisadas, de 12%, caindo de R$ 215,9 milhões em 2018 para R$ 190 milhões em 2019. Outra cidade que apresentou retração foi Parintins (AM) que reduziu as despesas, mas com intensidade bem mais suave, de apenas 1,4%.
Em sua 16ª edição, o anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
Consolidada como um instrumento de consulta e auxílio no planejamento dos municípios, a publicação traz como novidade nesta edição informações os impactos da pandemia do novo coronavírus nas finanças municipais no primeiro semestre de 2020.
Confira os estados completos do anuário.