Da Redação
MANAUS – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, 31, no Amazonas, no Distrito Federal e em outros 18 estados a Operação Caixa Forte contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital.). A operação tem apoio da FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado.)
Os dados obtidos na Operação Caixa Forte – Fase 01 (investigação que identificou os responsáveis pelo chamado ‘Setor do Progresso’ da facção, que se dedica à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico) revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do ‘Setor da Ajuda’, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do ‘auxílio’, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance da Justiça. A operação é para descapitalizar a organização.
A ação envolve 1.100 policiais federais que cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 Mandados de Prisão Preventiva e 201 Mandados de Busca e Apreensão, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG).
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.