Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), pela Promotoria de Justiça de São Gabriel da Cachoeira, instaurou inquérito civil para investigar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito do Município, Clóvis Moreira Saldanha. O prefeito pagou cerca de R$ 270 mil à empresa Yem Serviços Técnicos e Construções pela reforma e ampliação de dez escolas da rede municipal sem a comprovação da conclusão dos serviços.
O promotor de Justiça titular da Comarca de Presidente Figueiredo, Paulo Beriba, pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário da Prefeitura e da empresa favorecida para ter acesso aos extratos bancários dos meses de dezembro de 2017 e janeiro de 2018, a fim de comprovar o pagamento indevido de R$ 268.906,36.
Também foi requerido ao Judiciário a suspensão das obras de reforma e ampliação das escolas até que seja realizada perícia sobre os serviços pelo Núcleo de Apoio Técnico. Na perícia técnica , o promotor quer saber da extensão das obras, com a indicação da etapa da obra ou reforma que já foi executada, assim como, que seja elaborado laudo sobre o preço do serviço contratado pela municipalidade.
A denúncia foi levada à Promotoria de Justiça por um vereador de São Gabriel da Cachoeira e levou à instauração de procedimento preparatório no qual foi ouvido o ex-Secretário Municipal de Saúde, Sr. Edberto Gama, que confirmou que em sete escolas do interior as obras não haviam sido iniciadas até a data de seu depoimento, dia 14 de março de 2018, e que nas outras três escolas o valor que teria sido pago pelo prefeito não corresponderia à etapa concluída das obras, que estariam em fase inicial.
O Prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Clóvis Saldanha, foi notificado para que preste informações sobre os fatos no prazo de 15 dias. Ele terá oportunidade de apresentar provas e pedir diligências para provar sua inocência.