Da Redação
MANAUS – O juiz Fábio Lopes Alfaia, que atua na Comarca de Coari (município a 370 quilômetros de Manaus), acatou pedido do Ministério Público e transformou a prisão temporária do ex-prefeito de Coari Raimundo Magalhães em prisão preventiva. A decisão é do dia 15 de dezembro. No dia 11, o mesmo juiz havia decretado a prisão temporária do ex-prefeito.
Fábio Alfaia julgou no dia 15 um pedido de revogação da prisão temporária de Magalhães, que foi negada. A defesa do ex-prefeito alegou que ele é réu primário e portador de bons antecedentes, mas o argumento não convenceu o juiz.
De acordo com o promotor, Magalhães estaria atrapalhando as investigações de denúncias de superfaturamento na compra de combustíveis para a Prefeitura de Coari em 2016, quando ele administrava o município. O ex-prefeito também estaria destruindo provas, segundo o Ministério Público.
Outra alegação para pedir a prisão preventiva do ex-prefeito foi o risco e fuga. O juiz escreveu no despacho do dia 15 que “o risco de fuga do paciente do distrito da culpa [Coari] é motivação suficiente a embasar a manutenção da custódia cautelar, ordenada para garantir a aplicação da lei penal e para assegurar a conveniência da instrução”.
A promotoria alegou que Raimundo Magalhães levou consigo, ao deixar a Prefeitura de Coari no fim do mandato, documentos pertencentes ao município e que estaria destruindo provas constantes dessa documentação. Inclusive, por ocasião de uma operação policial, o MP diz que foram levados da residência de Magalhães documentos e computadores antes da chegada dos policiais.
Outra alegação é de que o ex-prefeito se recusou a comparece à autoridade policial e ao Ministério Público para esclarecer os fatos que resultaram na denúncia.
Depois da decretação da prisão preventiva, Magalhães deixou a casa onde morava em Coari com a família, e passou a ser considerado foragido da Justiça.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Raimundo Magalhães.