Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que a alíquota de isenção de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de 8% para fabricantes de concentrados de bedidas é suficiente para manter as empresas e empregos na Polo Industrial de Manaus. Esse é o índice que deverá ser adotado pelo governo federal, conforme anunciou a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
O presidente Jair Bolsonaro havia autorizado, no início deste mês de janeiro, a redução de 12% para 4% e, com apelo da bancada federal do Amazonas e do governo do estado, a equipe econômica do Ministério da Economia aceitou manter em 8%.
“Bom, ele (percentual de 8%) dá condições de competitividade às empresas que estão aqui. Naturalmente que a gente queria 10%, mas 8% faz com que as empresas continuem aqui. E sobretudo, que os empregos sejam mantidos, os empregos de aproximadamente 9 mil pais de família”, disse Wilson Lima na manhã desta sexta-feira, 24, em solenidade de entrega de cadeiras de rodas para portadores de deficiência, na zona norte de Manaus.
Lima disse que está agendada uma reunião com o ministro Paulo Guedes, mas sem data marcada. “Ele (Paulo Guedes) está em Davos e assim que chegar, semana que vem, há uma expectativa de que a gente possa sentar juntamente com a bancada federal para poder tratar dessas questões e entender como vai ficar a questão dos concentrados”, disse Lima.
O governador afirmou que somente aguarda a assinatura do decreto pelo presidente que garante o incentivo fiscal de 8%. “Já tenho informações do Planalto de que o decreto já estaria pronto para a assinatura do presidente da República garantindo os 8%. Mas aí a gente também tem que esperar o presidente chegar para entender como vai ser esse decreto que será assinado para que a gente possa manter as empresas que fazem parte do polo de concentrados”, afirmou.
Lima retomou o principal argumento para concessão do incentivo. “É preciso haver uma sensibilidade do governo federal em entender que o modelo Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional. E há essa compensação tributária por conta da nossa logística. É diferente de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais que estão do lado dos mercados consumidores”, disse o governador.
(Colaborou Jullie Pereira)