Da Redação
MANAUS – Problema urbano comum em Manaus, invasões de terras, principalmente de áreas verdes, deverão ser combatidas com um núcleo de inteligência. A intenção é monitorar líderes de ocupações em ação coordenada pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) em conjunto com órgãos de segurança.
“Esse problema não se resolve só com uma ação ostensiva. O combate às invasões e à grilagem de terra se dá com trabalho de inteligência. Com os órgãos e todo aparato de inteligência necessário para isso, aliado à educação ambiental e ação ostensiva, temos certeza que esse trabalho será mais eficaz”, disse Juliano Valente, diretor-presidente do Ipaam, que coordenou ação de monitoramento de invasão de terras, nesse sábado, 16, nas proximidades da Reserva Florestal Adolpho Ducke, em uma comunidade chamada de Itaporanga, na zona norte de Manaus.
“Claro que a ação ostensiva é importante, mas não coíbe totalmente essa indústria. Queremos chegar até as verdadeiras lideranças que estão por trás de famílias que necessitam verdadeiramente de um local para morar”, disse Juliano Valente.
O núcleo de inteligência utilizará drones para fazer o monitoramento em tempo real das terras invadidas, tanto em Manaus quanto no interior do estado. “Vamos usar todas as ferramentas tecnológicas para combater esse crime organizado no Amazonas. Como essa indústria é organizada iremos usar a inteligência para atingir o núcleo dela”, completou Juliano.
Equipes do Ipaam, da Delegacia de Meio Ambiente (Dema – Polícia Civil) e do Policiamento Ambiental (Polícia Militar) voltaram à comunidade chamada de Itaporanga onde no final de janeiro desarticularam uma invasão que já estava com 107 lotes divididos e prontos para venda. Na ocasião, foram apreendidos terçados, facões e os primeiros barracos foram desmontados. “Hoje (sábado) voltamos e já encontramos novos barracos, por isso, se faz necessária uma ação mais eficaz para combater esse crime organizado. Através desse núcleo vamos atingir a base dessa indústria”, disse Juliano Valente.