Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O jornalista Wilson Lima (PSC), candidato a governador do Amazonas, entrou com duas ações na Justiça Eleitoral – uma contra o governador Amazonino Mendes (PDT), que disputa a reeleição, e outra contra a Rede Diário de Comunicação – pedindo direito de resposta para contestar as informações que foram veiculadas durante uma entrevista na Rádio Diário na quarta-feira, 10.
Os advogados de Wilson Lima afirmam que o governador Amazonino usou o espaço ofertado pela rádio para “emitir informações totalmente distorcidas e, da forma como postas, mentirosas” sobre uma ação do candidato do PSC contra o candidato do PDT.
Na ação, Lima acusou Amazonino de usar o pagamento do abono aos professores com dinheiro do Fundeb para promover a candidatura dele no segundo turno das eleições. O pagamento do abono foi liberado pelo TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) na última segunda-feira, 8, e será pago no 15 deste mês.
No trecho da entrevista contestado pela assessoria jurídica de Wilson, o apresentador faz a seguinte afirmação: “O seu adversário parece que entrou na justiça, o radialista Wilson Lima que é o outro candidato neste segundo turno, entrou na justiça contestando esse pagamento”.
Em resposta, Amazonino distorce a informação dizendo que é grave tolher o direito dos outros: “Olha eu não entraria na Justiça. Se fosse eu, não faria isso de jeito nenhum. Tudo que é benéfico para o cidadão, para a pessoa, a gente, nós políticos, devíamos respeitar né”, disse o governador.
Para a assessoria jurídica de Wilson, o candidato do PDT tratou o assunto como se o adversário tentasse impedir o pagamento do abono aos professores. “Wilson não questiona a legalidade do pagamento, nem o pagamento em si, ainda que em período eleitoral, mas apenas a vinculação do ato de governo à campanha eleitoral de Amazonino”, afirmam os advogados.
Wilson Lima pede que o texto de direito de resposta seja veiculado nas principais redes sociais da emissora e um vídeo gravado pelo candidato Wilson seja publicado na página de Amazonino no Facebook no período mínimo de quatro dias. A multa pedida para cada um dos representados, em caso de descumprimento, é de R$ 100 mil.