Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O candidato Wilson Lima (PSC) anunciou na noite desta quinta-feira, 18, que não participará do debate com o governador Amazonino Mendes (PDT), que disputa a reeleição. O debate seria realizado na noite desta quinta-feira na TV Band Amazonas. Wilson Lima alegou que as regras determinadas pela emissora para ditar ao debate não se encontram “tão claras”.
Com a ausência de Wilson Lima, o candidato Amazonino Mendes será entrevistado por 30 minutos pelo mediador e pelos jornalistas da emissora e o lugar do candidato que faltou será mostrado pelas câmeras. A direção da emissora informou que a ata concordando com as regras e confirmando a presença foi assinada pela jornalista Nina Teodósio Mansur, que integra a campanha do candidato do PSC.
No Facebook, Wilson Lima divulgou na noite desta quinta-feita um banner com a seguinte mensagem: “Não participo de debates sem regras. Por isso, estarei ao vivo, a partir das 19h, em um bate-papo no Facebook”. Mais cedo, em entrevista ao ATUAL, o candidato afirmou que aguardava que a emissora enviasse os temas e as regras do debate e os jornalistas que iriam participar do evento.
A assessoria de Wilson Lima afirmou que o pai da candidata Rebecca Garcia (PP), o empresário Francisco Garcia, é sócio da Rádio e Televisão Rio Negro Ldta., responsável pela emissora de TV. Segundo o candidato do PSC, o governador Amazonino Mendes poderia comparecer ao debate já detendo conhecimento sobre os temas a serem abordados.
Em documento enviado à TV, os advogados de Wilson afirmaram que “em leitura atenta, é possível perceber que as regras determinadas a ditar o referido debate não se encontram tão claras”.
A campanha de Amazonino afirmou que as regras do debate são claras e prevêem apenas perguntas entre os candidatos e perguntas de jornalistas a serem sorteadas entre os candidatos, o que não permitira saber antecipadamente para qual dos dois seriam feitas, mesmo que alguém desejasse.
Também informou que Wilson Lima está “fugindo do confronto direto com Amazonino Mendes, num momento em que é atacado por ter afirmado que iria pagar indenizações a famílias de bandidos mortos na chacina ocorrida no Compaj” (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em 2017, em Manaus.
“Wilson Lima mede o comportamento dos outros por sua própria régua, engendrando narrativa absolutamente fantasiosa para fugir do debate político”, disse Amazonino em defesa apresentada nos autos da ação movida por Wilson Lima para impedir a entrevista de 30 minutos a que o candidato do PDT teria direito.