Da Redação
MANAUS – Funcionários da empresa Amazon Security Ltda., contratada para prestação de serviços de segurança e vigilância armada e desarmada para a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na cidade de Manaus cruzaram os braços nesta quarta-feira, 25. Eles alegam que estão sem receber desde novembro do ano passado e que não receberam o 13° salário.
A Amazon Security tem contrato de R$ 2.088.793,20 para fazer segurança nas unidades do Incra em Manaus, Boca do Acre, Rio Juma, Humaita, Careiro, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Médio Madeira em Borba e Alto Solimões em Benjamim Constant. O contrato tem vigência até abril deste ano.
Ao Sindevam (Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância em Manaus), a empresa alega que não tem como pagar os trabalhadores porque o Incra está há mais de três meses sem pagar as parcelas do contrato. O Incra também informou à entidade sindical que depende de recursos de Brasília para quitar a dívida com a empresa.
MPF media
O Sindevam iniciou um novimento de reivindicação na segunda-feira, 23, quando os trabalhadores fizeram paralisação de advertência que comprometeu a segurança dos bancos. Agências foram fechadas durante a paralisação.
Na tarde desta terça-feira, 24, o MPF (Ministério Público Federal) mediou uma negociação entre patrões e trabalhadores vigilantes, mas as partes não chegaram a um acordo. A categoria quer reajuste de salário e ticket alimentação e recebeu negativa do sindicato patronal. “Estamos em campanha salarial e o sindicato patronal disse não às nossas propostas. Além disso, quer retirar uma das maiores conquistas da categoria: o plano de saúde”, disse o presidente do Sindevam, Valderli Bernardo, em nota enviada à imprensa na segunda-feira.
Na reunião de terça no MPF, o sindicato levou uma contra proposta dá categoria, que incluia R$ 18,00 no ticket alimentação, reajuste salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses e 100% do plano de saúde. Na proposta inicial, o Sindevam pedia 5% a mais sobre o INPC. As demais propostas foram mantidas.
O sindicato dos trabalhadores também advertiu o patronal que caso não tenham as reivindicações atendidas, a categoria vai iniciar uma greve geral a partir do dia 31 deste mês, com a suspensão dos serviços nas agências bancárias, hospitais, órgãos públicos estaduais e federais.